ESPECIAL PAUL MCCARTNEY


Que Paul McCartney fez parte da maior banda de todos os tempos todos nós sabemos, mas decidimos falar nesse especial o que pessoas normais provavelmente não sabem sobre o Sir. Paul McCartney.

O eterno Beatle se apresentará no Brasil entre os dias 13 e 20 de Outubro. A apresentação em São Paulo está com ingressos esgotados e resolvemos mostrar a razão deles terem acabado.


INÍCIO E WINGS

Tocando profissionalmente desde 1957, Paul McCartney permaneceu após o fim dos Beatles, algo que não nem os fãs de Beatles queriam que acontecesse, nem ele. E tudo isso fez ele entrar numa depressão, sofrendo muito álcool e ficando trancado por dias e dias em um quarto, com barba por fazer. Toda a ajuda de Linda McCartney, esposa de Paul, fez nascer Maybe I'm Amazed, que tem uma letra tão linda quanto a biografia de Paul.


Não foi só essa música que nasceu, mas uma extensa carreira-solo, que dura até hoje, 2017, ano que Paul está nos estúdios, gravando mais um disco. Volltando lá para quase 50 anos, fugindo da identidade dos Beatles, Paul fez um disco sozinho, compondo, produzindo, cantando e tocando. 
Fazer algo totalmente sozinho não era o desejo dele, então depois dos discos RAM e McCartney, Paul formou uma banda, os Wings, onde fizeram em 1972, shows inesperados em faculdades britânicas, servindo de preparação para uma turnê que não teria músicas dos Beatles.



No ano seguinte, já haviam sucessos como My Love (do disco Red Rose Speedway), Live and Let Die e Band On The Run, essa última presente no disco homônimo, que chegou a #1 dos EUA, Reino Unido, ganhou disco de Platina e o Grammy de Melhor Performance de Vocal Pop, além da gravação do ano. No disco, Jet, Hellen Wheels, Bluebird, Let Me Roll It são algumas das músicas que ajudaram os Wings a se estabelecer e fazer sucesso nos shows, mesmo sem músicas dos Beatles.





Em 1975, já com a banda estabelecida, veio a Wings over the World, turnê com trouxe pela primeira vez músicas dos Beatles, como Blackbird e Lady Madonna (até então nunca tocada ao vivo) e Yesterday. A turnê de 14 meses virou o LP Triplo / K7 / DVD Wings Over America (nossa resenha dele pode ser lida aqui).



Dentro dos Wings, McCartney ainda conseguiu alguns feitos, como quando lançou Mull Of Kintyre, que se tornou o single mais vendido, ultrapassando o dobro de She Loves You.


ANOS 80

Voltando a fazer tudo sozinho, Paul fugiu do rock e partiu para o experimental, flertando com sintetizadores e sendo um dos primeiros no estilo rock eletrônico, Synthpop. O disco traz músicas como Check My Machine, Temporary Secretary, Front Parlour e Goodnight Tonight (faixa bônus).


Com a volta da carreira solo, veio também uma grande quantia de parcerias: Stevie Wonder (Ebony And Ivory), Michael Jackson (Say Say Say, The Girl is Mine), Eric Stewart (Press to Play) e Elvis Costello (nos disco Choba B CCCP e no Flowers in the Dirt).



Nos anos 80, Paul também voltou a fazer cinema, algo já feito por ele nos 60 (principalmente em A Hard Days Night, Help e Magical Mystery Tour). duas décadas depois, a história de 1984 é na verdade um musical que trouxe de volta parceria com Ringo Starr, atuando no filme. Apesar de diversas criticas, Give My Regards to Broad Street foi mais um disco #1 de Paul no Reino Unido, além de trazer David Gilmour para a guitarra de No More Lonely Nights. 1 ano depois, a Warner Bros viu o talento de Paul e encomendou com ele a faixa/clipe Spike Like Us, gravada em apenas quatro dias e tendo Phil Ramone de Co-Produtor.


ANOS 90

O começo dos anos 90 já foi de recorde para Paul McCartney, que decidiu vir pela primeira vez ao Brasil se apresentou para o maior público pagante de shows em estádio, com 184 mil pessoas. Mas todos os recordes e músicas na #1 posição não são suficiente para alguém denominado Sir. e se no começo dos anos 80 ele flertou com a eletrônica, 10 anos depois viriam as orquestras e a música clássica.



Em 1991, Royal Liverpool Philharmonic Society chegou a 150 anos de existência e para comemorar, encomendaram uma peça musical de Paul McCartney, que fez parceria com Carl Davis e o resultado virou o Liverpool Oratório, que teve performance da Orquestra Filarmônica Real de Liverpool e coro da Catedral de Liverpool. 



Seis anos depois, Standing Stone foi lançado o segundo trabalho clássico de Macca e no último ano do século, ele lançou Working Classical, que trouxe versões clássicas para músicas conhecidas de sua carreira.



Entre rock, orquestras e eletrônico, em 1991 Paul McCartney foi o primeiro que levou a risca a ideia de desplugar os instrumentos, captando som dos violões usando microfones externo no MTV Unplugged



Dois anos depois, veio dele a criação de um projeto paralelo com Youth, intitulado The Fireman. Trazendo de volta o eletrônico para os estúdios, foram lançados os discos Strawberries Oceans Ships Forest (1993), Rushes (1998)  somente dez anos depois as músicas ganharam voz e Paul revelou ao mundo sua identidade.




ANOS 2000

Seguindo os moldes do McCartney I, em 2005 Paul McCartney lançou o disco Chaos and Creation in the Backyard, onde ele fez todas as músicas e todo o seu instrumental, mostrando toda sua versatilidade. Em estúdio, ele trouxe algumas músicas do disco para a Abbey Road, se apresentando para um pequeno público e mesclando com músicas dos Beatles. O resultado pode ser visto abaixo:



Três anos depois, Paul fez o primeiro disco em estúdio gravado com a banda que o acompanha desde 2002, o resultado de tudo isso pode ser ouvido no disco Memory Almost Full.



Em 2004, Paul McCartney realizou um sonho de infância: Fazer um longa-metragem de animação. Criando a história e musicando, Paul também dá voz para alguns personagens, como do curta Tuesday. 



Outra animação é We All Stand Together, do desenho Rupert (que Paul comprou os direitos), o clipe ganhou o prêmio Ivor Novelo de "Melhor Tema de Filme" e foi lançado em teatros, junto com o Give My Regards to Broad Street. 



O terceiro filme da série "The Music and Animation Collection" é Tropic Island Hum, feito em 1998. Matéria especial sobre as animações pode ser vista aqui.


Outro momento marcante de Paul McCartney no século XXI foi a volta de Paul McCartney para o Shea Stadium, local do primeiro show em um estádio e, que em 2009, mudou para Citi Field. No DVD, I'm Down vira uma mescla entre o show de 1965 com o show de Paul McCartney 44 anos depois.



2011 foi  ano da última passagem de Paul McCartney pela música clássica, quando o Ballet de New York o chamou para fazer o Ocean's Kingdom.


Em 2012, ele navegou pelo mundo do Jazz, quando lançou Kisses on the Bottom, disco com somente duas músicas inéditas, mas que traz a participação de Diana Krall, Johnny Depp e Stevie Wonder. 



No mesmo ele ainda foi atração principal do Jubileu de Diamante e do fechamento das Olímpiadas e histórico "12-12-12", quando se apresentou com Krist NovoselicDave Grohl, e Pat Smear, trazendo a inédita (e parceria com Paul McCartney) Cut Me Some Slack.



Em 2014 ele lançou Hope For The Future, lançada como single e música principal do jogo Destiny, de Playstation 4. O legal dessa história toda é que Paul McCartney fez a trilha-sonora inteira do jogo e sem cobrar algo por isso, somente pela experiência de fazer.


O clipe da faixa principal mostra um holograma de Paul McCartney interagindo com o jogo. Paul, sempre presente nas tecnologias mais recentes, foi o primeiro artista e filmar shows que dessem para assistir com óculos de realidade virtual. Isso aconteceu em Novembro de 2014, quando ele lançou um vídeo 360º/3D de "Live and Let Die".  Matéria completa dos projetos de Paul McCartney fora do rock pode ser lida aqui.


Algo mais histórico ainda desse ano, foi o especial intitulado  The Night That Changed America: A Grammy Salute to The Beatlesum especial pós-Grammy, com diversos artistas cantando 22 músicas dos Beatles e sendo encerrado com a junção McCartney/Starr. Nós fizemos um especial sobre esse evento, que infelizmente a CBS bloqueou todos os vídeos, porém vocês podem ler um textos mais acessados do site aqui.

Dois anos depois, Paul criou uma série de vídeos em realidade virtual, onde ele mostra como foi criada alguns dos seus videoclipes, gravando em sua casa vídeos que podem ser assistidos com Óculos Rift.



Em 2015, colaborou com Rihanna e Kanye West na música FourFiveSeconds, presente no repertório da turnê que virá ao Brasil em Outubro. Com Kanye West, ainda veio a música Only One. 

Além da parceria "inusitada", Paul colaborou para o primeiro disco do Hollywood Vampires, supergrupo que tem Johnny Depp, Alice Cooper, Joe Perry, Duff McKagan e Matt Sorum. O disco lançado em 2015 traz Paul McCartney na voz, piano e baixo de Come and Get It (música dele, dada ao Badfinger em 1969).



Já em 2017, Paul fez uma pequena participação na saga Piratas do Caribe e se apresentou pelo Brasil. No ano seguinte, Egypt Station foi lançado com uma belissima divulgação, atingiu o topo da Billboard em sua semana de estreia e tem música com clipe gravado no Brasil


Em Março, Paul estará de volta a São Paulo e Curitiba, apresentando a Freshen Up Tour no Estádio Couto Pereira. Com ingressos variando de R$ 130 a R$ 890 (ingressos para São Paulo e Curitiba).

Quer ficar por dentro dos shows do Paul pelo Brasil? Confira sempre nosso banner localizado no topo da página, por lá terá todas as informações e matérias especiais sobre shows de outras duas suas passagens pelo Brasil.

A turnê Freshen Up tem patrocínio em São Paulo da Allianz Seguros e a rede hospitalar do Sancta Maggiore é a fornecedora oficial dos serviços médicos. Os shows são realizados pela TIME FOR FUN.