CRÍTICA: Morbius está mais para mórbido: sem graça, sem cor e sem vida

 

Morbius chega hoje aos cinemas, mas já antecipo. Está mais para mórbido. O novo filme da Marvel focado em um vilão do Homem Aranha que quase ninguém conhece beira o tosco. Parece que o estúdio de fato só se importa com os cifrões. Algo que está escancarado no novo longa. Com um premissa que tinha tudo para entregar um bom roteiro, o filme não demora a se perder deixando tudo sem graça, sem emoção...mórbido.

Em Morbius, Michael Morbius (Jared Leto), sofre de uma deficiência congênita em seu DNA, que o deixa dependente de transfusões de sangue diárias para sobreviver. Já adulto, ele se torna autoridade mundial em doenças sanguíneas, criando um sangue sintético que salva vidas, exceto a sua própria. Morbius deposita sua esperança em uma experiência que consiste em combinar DNA humano com o de morcegos. Para acelerar o avanço e resultados, a experiência é conduzida em um navio em águas internacionais, o que, previsivelmente dá muito errado, e Morbius se torna um vampiro sobrenatural que precisa de sangue humano para conservar sua força. Ou pelo menos é o que parece.

O roteiro se mostra confuso em qual direção seguir. Não fica claro se a falta de sangue humano o deteriora fazendo com que seu corpo volte ao estado natural, ou se isso é um gatilho para a fera tomar o controle. Um dos maiores pecados do longa é ser uma cópia de muito mal gosto de Batman. Além das habilidades sobre humanas do protagonista, ele também é capaz de “invocar” morcegos. Há uma cena em que Morbius flutua em volta de uma horda deles sem nem tentar disfarçar o momento Batman Beggins.

Também digno de vergonha alheia são os efeitos especiais, principalmente nas sequencias de luta em que tudo não passa de borrões voando de um lado para outro da tela. Isso quando o protagonista não “voa” usando ondas sonoras e disparar ondas de energias “videogamescas”.

Pelos menos o sofrimento dura pouco em seus poucos mais de 90 minutos de filme. Tudo é amarrado às pressas e sem muita explicação, incluindo um romance de Michael com uma colega de trabalho que não apenas surge do nada como é completamente sem química e sentido. “Ah, mas pelo menos isso vai se conectar com o Homem Aranha do MCU”. Difícil pensar em como já que há uma breve menção a respeito que vem de uma fala de um figurante. Salvo pela cena pós crédito que dá um norte, mas também sem muito sentido.

Morbius é mórbido. Jared Leto pareceu sair do mesmo lugar de quando interpretou o Coringa em Esquadrão Suicida. Onde está o Leto de filmes como Requiém para um Sonho ou Clube de Compras Dallas? Morbius nem disfarça a falta de qualidade de um filme feito às pressas apenas para lucrar mais alguns milhões para os executivos de estúdio. É Sony, ainda não foi dessa vez...de novo.

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