MUSO SOUP ÁLBUNS #24: Ormiston, Madison Deaver, Serena, Jaymotts, Big Fun, Sharone, Emma Kieran, The Primitive Shine e mais artistas com álbuns e EPs lançados em Junho

01 - CALMING RIVER
No último dia 4, o artista britânico lançou "Dead Bluebottles Supine", com 11 faixas que mesclam entre, um folk com vocais comoventes e repletos de sentimentos em seus tons vocais e composições líricas e, sons atmosféricos com uma belíssima instrumentação ambiental. 

Neste trabalho, o artista aborda temas sentimentais como: isolamento, confinamento, perda e fortaleza. No entanto, quase não há um refrão em todo o álbum. Não há verso-refrão claro em nenhuma faixa. Não há letras clichês excessivamente usadas. Em vez disso, Malcolm restringe deliberadamente a quantidade de letras - uma reflexão do que no mundo da abundância, a liberdade de expressão é restrita àqueles que o fizeram. Adequadamente, o título do álbum foi tirado de George Orwell ("Road to Wigan Pier").

'Dead Bluebottles Supine' é um disco de folk alternativo que mistura folk com música ambiente. "For Edward" e "Dover" apresentam o compositor dinamarquês Own Road, enquanto o pianista de jazz Tom Neill toca "Jejune" e "Ivory" instrumental. Maris Peterlevics (Calling Blue Jay) toca em ‘For Edward’ e ‘Hawthorn’. O álbum foi gravado em vários locais na Dinamarca e no Reino Unido. Malcolm viveu na Dinamarca antes de se mudar de volta para o Reino Unido (Brighton & Hove).




02 - ORMISTON
Outro álbum lançado dia 4 foi "Hammer Down", trabalho de estreia do artista canadense e que inclui oito músicas, onde cada faixa possui um conceito distinto que lembra o gênero cinematográfico "amadurecimento" e, dentro desse tema, Ormiston enfoca o crescimento de um protagonista desde a infância até a idade adulta, explorando histórias de amor e relacionamentos fracassados em sua distinta moda indie-pop otimista, trafegando também por vertentes como o dance, synth/dream pop.

Ao longo de cada uma das músicas, ele consegue mesclar com maestria um pop acelerado com música eletrônica e beats rítmicos do funky, trazendo uma belíssima paisagem sonora que embala o ouvinte por toda a extensão do álbum. 




03 - FEED LEMON
Mais um trabalho lançado começo do mês, este é o álbum de estreia e que leva o nome da banda fundada na Flórida.

Apresentando um projeto extenso, as 14 músicas trazem inspirações de bandas DIY e, principalmente, a mescla entre o punk 80s e o grunge 90s. No álbum, ainda podemos ver uma variedade instrumental, trazendo faixas mais pesadas como "Citric Acid" e "End It" e sons mais suaves, caso de "Friends" e "Heatwave".

Num época de trabalhos super bem elaborados, podemos destacar o fato da banda ter tocado o álbum ao vivo, com as gravações capturando perfeitamente um som natural e cru, resultando em uma experiência mais envolvente para o ouvinte, que pode até se sentir como se estivesse num show da banda.





04 - MADISON DEAVER
"Tongue Tied" é o primeiro EP de Madison, após alguns singles lançados em 2020/21. Nesse EP, a artista une muito bem os vocais característicos do pop, com faixas lideradas por guitarras pesadas e presentes no pop punk, em letras que falam sobre suas lutas por não ser corajosa o suficiente para falar o que pensava durante alguns momentos loucos de sua vida.

60% das canções são lideradas por mulheres, com a artista/escritora (Madison Deaver) e a co-escritora/produtora Una Jensen trabalhando juntas para criar 'That's What She Said', 'Entertained' e 'Villain', única balada presente no EP. Em 'That's What She Said' elas apresentam uma faixa com vocal e refrão típicos do pop, mas com riffs de guitarra quase sempre presentes no indie/alternative rock e no background uma bateria pesada e muito bem cadenciada.

Já nas faixas 'Conscience' e 'Fire with Fire', têm um toque britânico distinto porque Madison trabalhou com os produtores de Nottingham Natt Webb do RatCat Studios e o guitarrista Adam Slack do The Struts. Slack também participa da guitarra. 

Ouça o EP abaixo:




05 - FISH AND SCALE
No final de Maio, o artista alemão de codinome "Fish And Scale" apresentou ao mundo o álbum "You Can Call Me Love", trabalho típicamente folk, com vocais marcantes e muito bem encaixados a elementos instrumentais do gênero, como as palmas que o acompanham na faixa-título e responsável por abrir o álbum.

Em release oficial, Wälzlein descreve sua música como 'Folk indie com toque místico', apresentando alguns aspectos que diferem do folk tradicional, como o piano presente ao longo de 'Atop My Walls', faixa onde também vocais comoventes, intensos e que em muitos momentos se assemelham com Mick Jagger. 

Contendo 11 músicas (+2 bônus), o álbum pode até ser considerado conceitual, com mudanças surpreendentes de intensidade de uma faixa para outra, passando por mometos íntimos com a vida que oscilam entre a ternura áspera e explosões elementares de poder e fornecem uma experiência de som mágica, em faixas que falam sobre a busca pela verdade, sobre anseios e conflitos internos, sobre decisões erradas, reversão e chegada. Um diálogo interno com figuras arquetípicas se revela e leva o ouvinte ao maravilhoso mundo dos contos de fadas, místicos e professores de sabedoria.




06 - JOSH HERRING
Britânico de berço, Josh se mudou para a Dinamarca em 2018 e, três anos depois disso, trouxe ao mundo o álbum "It's So Hard to Make Friends", que fala exatamente sobre se mudar para um novo país, onde você tenta fazer novos amigos, enquanto se lembra dos antigos, da família e dos amores deixados para trás.

Nesse trabalho de 11 faixas, ele trouxe para cada uma delas seus espírito comunitário: Trabalhou com corais e grupos comunitários que cantaram de alegria e união, usando vozes e instrumentos para se unir e, com isso encontrou o poder e a felicidade que a música pode dar às pessoas.

Sobre o álbum, podemos dizer que é composto por músicos de diferentes origens, passando do jazz ao contemporâneo, do rock ao folk, com um coro de 15 cantores dinamarqueses.  Esse trabalho também repleto de elementos do power pop e de raízes escandinavas foi gravado por Sam Grant em dezembro de 2019 no Blank Studios em Newcastle, Reino Unido.

Ouça abaixo:




07 - SERENA
"Welcome to Wasteland" é o primeiro EP da artista britânica que, ao longo de quatro músicas, aborda temas como saúde mental, amor próprio e questões climáticas, numa sonoridade que, instrumentalmente, passa passa eletro/dreampop, indie, eletrônico e instrumental, com uma abordagem vocal da poesia falada. 

Sobre as músicas, a artista comenta: "Agora eu sei que é porque eles representam meus 20 anos, com toda a sua dor e coragem, risos e raiva, tristezas incluídas. É a minha carta de amor para o "passado de mim", e a importância de viver sempre ao máximo, permanecendo fiel a si mesmo e aos seus sonhos ."

Ouça abaixo:




08 - JAYMOTTS
Após diversos singles muito bem recebidos, Jaymotts acabaram de lançar o álbum "Jamboree", onde apresenta ao público um trabalho extensos de 15 faixas que mesclam estilos como o funk clássico, e rock, repleto de elementos instrumentista do power pop e dos anos 80.

Formado por Jonathan Hall (vocais, guitarras, trompetes e teclas) e Chris Le Mottée (baixo) de Cambridge (Reino Unido). Eles são amigos da velha escola que criam canções de rock funky contagiantes para fazer você sorrir e, tendo a missão de inserir diversão na vida do público ouvinte, eles apresentam canções humorísticas, muito bem produzidas e que com certeza farão seu público dançar e se animar em cada uma das músicas. 

Ouça abaixo:




09 - BIG FUN
"Oogley Boogley" é o segundo álbum da banda estudaniense e que, segundo eles próprios, uma transição do seu áspero de estreia em direção a um trabalho mais focado.

Indo além do underground e do surf punky, em "Oogley Boogley" eles buscam se aproximar do rock alternativo, mas sem prender sua identididade art rock e elementos synth e eletro presente, por exemplo, nas primeiras faixas do álbum.




10 - THE DAMN DOGS
Seis anos levaram até o lançamento de "Unpoetic Flavor", o segundo da banda e que, por conta do tempo de espera, também apresenta um projeto lançado com todo o amor e cuidado em cada umas das composições/produções.
De acordo com eles próprios, a demora  vem de anos de crescimento e percebendo que o sonho de estrelato do rock que todos nós tínhamos era apenas uma desilusão. A vida e a música tratavam de crescimento, da dor de corações partidos e da determinação de alcançar seus objetivos, tendo temas como esses dentro do disco.

Para esse disco, eles esconderam mesclar uma trilha com rock, surf e new wave, apresentando uma variação de estilo, mas mantendo a mensagem que gostaria de ser propagada ao público ouvinte. Todo esse mix de gêneros pode ser visto nos singles principais "Focus" e "Cold Blooded Animals", com um funky groovy (mas também belo solo de guitarra e vocais clássicos do indie) em uma e o surf pop em outra.

Em release oficial, eles comentam que estão procurando imergir seus ouvintes e novatos em um novo som no qual eles têm trabalhado nos últimos anos. The Dogs sempre fazem músicas com as quais as pessoas podem realmente se conectar e este lançamento não é diferente. Eles sabem que os ouvintes vão tirar algo da mensagem do novo single e entender que todos nós compartilhamos os mesmos problemas e medos de uma forma ou de outra.

Para fãs de indie/alt rock, dream pop e new wave, além de outras vertentes presentes instrumentalmente no álbum.




11 - SHARONE
Divulgado final de Maio, "Morbid Illusion" da norte-americana, trazendo nele o diferencial de ser o primeiro totalmente composto por Sharone, levando um trabalho criado com coração e alma para o ouvinte.

Com 10 músicas ao longo de 34min, 'Can We Pretend', 'Fade Away', 'Screaming Into Oblivion' e Diamond' foram as escolhidas para ser single de divulgação, do álbum que trafega por estilos como o metal melódico, gótico e hard rock, muito bem harmonizados com o vocal feminino executado por todas as faixas.

Ouça o álbum completo abaixo:




12 - ERIC VATTIMA
Lançado no último dia 28, "Fears" é o último EP do artista norte-americano que, por meio do hip-hop, rap/indie/alt rock e até mesmo eletrônico. Essa variedade podemos ouvir em faixas como 'Friends', 'Alone' e 'Reality'.

Abordando temas como amigos, inimigos, solidão, realidade e sanidade, no EP o artista apresenta rara intimidade por meio de sua escrita que reflete sobre seus medos, ansiedades, a pandemia e um ano de incertezas.

Num ano difícil, ele comenta que escrever esse EP foi seu terapia: "Os medos não definem você, eles são apenas uma parte da história que criamos para nós mesmos, e uma vez que você faça as pazes com eles e aprenda a seguir em frente, nada pode impedi-lo de alcançar os objetivos de vida que você deseja".




13 - DEAR SARA
Há uma semana, a artista sueca lançou o EP intitulado "I'm Not That Said" onde, ao longo de 5 músicas, criando um mix entre vertentes do pop, como o alternativo/eletrônico/synth e até dream pop, mas sem deixar de lado elementos de sua raiz escandinava, transformando em um trabalho de identidade única.

Em release oficial, ela conta que sua música é moldada por ter crescido em Sápmi, no extremo norte da Suécia, no grupo indígena Sámis - e isso, junto com o sentimento tão comum de vontade de sair e explorar o mundo, contribui para sua forte expressão tanto liricamente e musicalmente.

Conheça o trabalho da artista abaixo:




14 - ZEDI FORDER
Lançado há cerca de um mês, "Isolation" é o segundo álbum da banda britânica fundada em 2015 e que consegue apresentar um mix de estilos como o metal tradicional e vertentes do rock, como o hard e alternativo. 

Trazendo influencia de artistas como SOAD, Korn, Pantera, Paradise Lost, Biohazard, Kansas e de nomes mais clássicos, como Beatles, Queen e Led Zeppelin, podemos ver essa variedade presente tantos nos estilos vocais, elementos instrumentais ou de composição.

Instrumentalmente, as guitarras e baterias pesadas em grande parte das faixas, ora unida com teclado e outros elementos não tão presentes dentro do metal, por exemplo, conseguem ser encaixados com maestria junto ao ritmo vocal da banda, em faixas enérgicas que agitam o ouvinte e, numa época de shows e baladas, com certeza transformaria em moshs feitos pelo público. 

Confira cada uma das 12 faixas abaixo:




15 - THE LUCAS WARREN PROJECT
Guitarra, piano e elementos de corda dão um tom orquestral a faixa de abertura de "The Road I Created", álbum de estreia do duo norte-americano, lançado dia 4 nas plataformas de Streaming. O estilo muda totalmente na faixa-título, com vocais elevados do metal e guitarras speed metal/progressivas que ditam o ritmo da música, sendo estilos principais de um álbum que ainda traz elementos do hard rock (como em 'Assume Control'), classic/hard/adult orientated rock.

Definido pela própria banda como uma reminiscência do rock pesado 70/80s, o álbum foi projetado o DIY, sendo escrito, interpretado, gravado, mixado e masterizado pela banda. Então pegue sua air guitar e air drums e divirta-se ouvindo e tocando junto com o álbum The Road I Created do The Lucas Warren Project.




16 - EMMA KIERAN
Lançado há exatas duas semanas, "Wildflower" é um trabalho da artista norte-americana, que trafega entre o folk e americana, numa coleção de canções compostas por ela nos últimos três anos e produzidas ao longo de 2021. 

Nesse projeto DIY, ela apresenta ao público 11 músicas ao longo de aproximadamente 38min, com vocais harmônicos, unidos com maestria a instrumentais doces, elementos suaves no background de um álbum que certamente trará uma paz interior a cada ouvinte. Algo necessário no momento atual em que estamos.




17 - THE CHRIS RUBEN BAND
Guitarras e sintetizadores unidos a um baixo destacado, responsável pelo groovy da música, são os elementos principais de 'Unsure', faixa de abertra do álbum "Madness On Repeat", lançado pela banda norte-americana em Abril.

Multi-gêneros, logo no início vemos um mix entre o funk e o classic rock. Em 'Won't See You', algo entre o folk e o indie rock, estilo que se mantém nos riffs e ritmo de 'Darling', além de trazer elementos psicodélicos, a começar pela arte da capa.

Ouça abaixo:




18 - AUTHENTIC DISSENT
Diretamente de Nashua (EUA), eles lançaram no começo do ano o EP "Gradually... Then Suddenly", onde apresentam um metal quase que instrumental na música de abertura, se mantendo com essa vertente principal na faixa-título, passando por elementos do hardcore em 'The Weight Of The World' e algo mais clássico/blues no, também instrumental, som de encerramento do EP. 

Liricamente, esse trabalho é uma observação geral do atual estado financeiro dos Estados Unidos e da ameaça que se aproxima à medida que nosso hábitos de consumo indisciplinados continuam inabaláveis. Essa tema foi escolhido por conta do comportamente dos EUA em relação ao excesso de gastos e o impacto que isso causa tendo (e terá) no público em geral e nas gerações futuras.

Cada música destaca um aspecto diferente dessa ameaça, que é amplamente ignorado pelos americanos e pela mídia, acreditando que esse é um problema real sobre o qual ninguém fala, mais ainda no mundo da música.



19 - THE PRIMITIVE SHINE
Vocais repletos de autotune, instrumentais mesclados entre grunge, alternativo, garage e elementos lo-fi são os itens principais de "Either My Life or Theirs", EP lançado no último dia de Maio e que representa um projeto trabalho pelo artista há mais de uma década, seja trabalhando com bandas, estúdios bons, ruins e diversos shows. 

Em release oficial, ele denomina seu som de “grunge de quarto” - um cruzamento entre pop de quarto e alternativa dos anos 90. Eu o descrevo como uma mistura lo-fi de folk, rock alternativo e blues de garagem com vocais autotuned e instrumentos de apoio MIDI.

Ouça o EP abaixo:




20 - KETE BOWERS
Originalmente lançado em 2019, descobrimos recente o artista Liverpudlian, que divulga desde então o álbum "Paper Ships", com nove faixas que flertam entre o americana, folk e country, seja por conta de alguns elementos instrumentais presente, o lento estilo americano de cantoria/execução dos instrumentos ou seu estilo vocal que nos remete bastante a Johnny Cash.

Neste trabalho, ele se baseia em históris de sua vida em Birkenhead e Liverpool, durante os anos de 1977 a 1984 e as faixas são autoexplicativas, sendo cada título uma história em torno dessa época. 

Todas as músicas seguem um formato e ritmo semelhantes, mas repleto de detalhes sutis e que deixam a composição ainda mais rica, seja por conta do pedal, da sonoridade da guitarra ou os ritmos que fazem a faixa entrar dentro do coração do ouvinte. 

Com composições de Kete, o álbum foi gravado no Hangar Studio em Toronto. 

Se você é fã de americana, country, folk e de nomes como Johnny Cash, unido a instrumentais de um estilo ala Bob Dylan, certamente irá curtir esse trabalho do início ao fim.



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