FAIXA-A-FAIXA: Bratislava mostra disco "Fogo" em audição fechada



Na véspera do feriado, estivemos no Family Mob Studio, para audição privada do disco Fogo, terceiro da banda Bratislava e que terá lançamento amanhã.

Com o trabalho de produção geral iniciada em Agosto, o disco traz letras inéditas, tanto no quesito de nunca ter sido lançada como de não ter sido feita antes de todo esse processo, onde falam sobre pensamentos e vivência que passaram nesse período.

Todas as vozes e instrumentos do disco foram gravados dentro do próprio Family Mob, com produção e engenharia de Hugo Silva
, Mix e Master de Adam Matschulat,Pré-produção das guitarras de Lucas Lippaus

A produção total do disco foi de um semestre, além de alguns dias para Mix/Master e outras questões de estúdio. Fogo contará com 8 músicas, 30 minutos de duração e falaremos um pouco sobre essas faixas abaixo:

Sintetizadores e solos de guitarra, mostram Enterro, talvez a música mais rockeira do disco, que foi inspirada na tragédia de Mariana, maior desastre ambiental da história do Brasil. É uma reflexão sobre perdas e despedidas que aconteceram, fisicamente ou da natureza, de um modo não agendado. No meu modo de ver, ela também fala de Enterro, no sentido de fingir que morreu algo do passado e deixar pra trás, sem uma despedida. A música tem participação Gustavo Bertoni (Scalene).



Em contraponto com uma das faixas mais pesadas do disco, ele inverte toda a energia. trazendo calmaria e paz, como se fosse um sonho. Esse deve ser um dos objetivos da música, que fala sobre estar distraído, numa brisa boa, renascer e viver sempre Sonhando. Já no fim da música, ela se encaminha para uma ótima confusão harmônica, mesclando riffs, bateria e outros instrumentos, mostrando talvez o que seria toda a confusão real que vivemos, longe da calmaria que sonhamos viver.

Batidas e riffs pesadas como chumbo se unem a letra que fala sobre "ser torto por dentro", ter um afeto catalisador e se arrepender, ter um Amor de Chumbo, que mexe com diversas emoções, atinge no peito, mexe com o sossego, mas ainda assim, é um amor bom, que resiste a todas as coisas.

Após o caos, o disco segue com Trancado e sua calmaria, desde as batidas leves da bateria até a calmaria trazida pela voz de Victor Meira. A letra é um pedido para deixar entre no peito, ter envolvimento com as emoções de um peito que está trancado e ignorando todas as palavras.

Céu de Pedra é uma das poucas músicas, se não for a única, que já começa direto com a letra, sem introduções. Ela fala sobre não sentir mais nada, fazendo de tudo para não sentir o perfume da amada, na escolha de esquece-lá e tocar a vida, mas a semente que não virar flor permaneceu confinada dentro dele.

Trazendo mais participações para o disco, Aloízio Michael é atração em Dança de Doido, que mescla é praticamente toda cantada, mantendo a calmaria das faixas anteriores, tendo também um trecho que é cantado num estilo mais rap e trecho com instrumental da banda toda.

Já encaminhando para o fim, Fala Prescindível para traz uma história narrativa que conta sobre sonhos, ver alguém e acontecer o mesmo com esse alguém. Mesmo fugindo de toda a parte instrumental, ela me lembrou a Torpor partes 2 & 5, da Cachorro Grande, por conta de todo o conceito. 

A pegada rockeira da primeira faixa do disco voltou no fim, quando começaram os primeiros acordes de Fogo, faixa-título do disco que sai amanhã e traz o modo literal da palavra fogo para a música, tanto nos instrumentais, principalmente em partes específicas do instrumental e do jeito formado pelas rimas, tom da voz e vocês ouvirão numa versão atualizada dessa resenha.
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