Mais de 40 mil pessoas assistiram Linkin Park, Slayer e Rob Zombie no palco Maximus

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Texto por: Elio Sant'Anna / Millena Kreutzfeld

No palco principal do Maximus Festival, a Red Fang abriu os shows por volta das 13h25, quando Dead Fish se apresentava no Thunder Dome. Para um público ainda pequeno, que passou a ser maior durante o show do Slayer, a Red Fang se apresentou por meia-hora, trazendo para seu repertório música como Blood Like Cream, Malverde, Wires, Flies e Prehistoric Dog. Um dia antes, a banda fez Coletiva de Imprensa / Noite de Autógrafos e vocês podem ler como foi aqui




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Apesar de serem headliner em festivais europeus, aqui a Böhse Onkelz foi somente a segunda banda do palco principal, mas nada que afetasse o show da banda, feito para um público repleto de pessoas com a camisa da banda, principalmente mais perto do palco, o que só foi possível fazer até o show de Rob Zombie. Tendo um tempo maior do que a banda anterior, os alemães se apresentaram por quase 1h, trazendo para o show músicas como 10 Jahre, Bomberpilot, 52 Wochen e Auf Gute Freunde.

Já que não tem vídeo deles no Maximus, abaixo vocês podem conferir o que rolou em ensaio fechado:




E quando falamos em rock-horror e encenações, depois de Alice Cooper, o único nome que pode vir em nossas cabeças é
Rob Zombie. Com roupas exóticas e singulares, além de maquiagens, instrumentos chamativos e troca de figurinos constantes, John 5, Piggy D e Ginger Fish fizeram uma verdadeira performance, apesar do sol que insistia em atrapalhar durante boa parte do show.

Com começo excitante e explosivo, Dead City Radio and the New Gods of Supertown foi responsável por abrir os trabalhos e apresentar um infalível John 5 na guitarra, que ao longo da apresentação desfilou diversos modelos de guitarras. 




Para divulgar seu último trabalho, The Electric Warlock Acid Witch Satanic Orgy Celebration Dispenser (2016), Rob cantou In the Age of the Consecrated Vampire We All Get High, animando muitos fãs que dançavam freneticamente e Well, Everybody's Fucking in a U.F.O., com a participação de dois ETs infláveis que foram jogados para o público brincar e este logo foi advertido pela banda: "brinquem com nossos amigos, mas nos devolvam!".

Além do trabalhos mais recentes, músicas do álbum HellBilly Deluxe (clássico da banda) e da antiga banda de Rob, White Zombie, foram tocadas para a felicidade dos fãs mais antigos que marcavam presença na plateia. E claro, a homenagem ao mestre do rock-horror não poderia faltar, School's Out, do Alice Cooper foi emendada à Thunder Kiss '65 (White Zombie).


Com presença marcante, os americanos tocaram Dragula para finalizar o show e saíram satisfeitos do palco, deixando o clima um pouco mais aterrorizante do que já estava, após falar de zumbis, gorilas, vampiros, monstros, bruxas e outros assuntos considerados macabros.  

O setlist pode ser visto aqui.



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A incrível banda de trash metal, Slayer, nos trouxe material de peso para essa edição do Maximus. Mesmo com uma barba quase branca, Tom Araya nos mostrou que ainda tem muita estrada pela frente, assim como o Slayer. Com apresentação impecável e segura, levaram os fãs ao delírio e à extravagâncias na pista, com moshs exagerados e extrema euforia.


Apesar de não se manterem em hits antigos como Raining Blood, Angel Of Death, Hell Awaits, os californianos conseguiram agradar todas as faixas etárias de fãs, apresentando trabalhos mais recentes como Repentless e When The Stillness Come (2015).


Durante o show do Slayer, cerca de 40 mil pessoas estavam dentro do Autódromo de Interlagos, superando as expectativas, já que em 2016 cerca 25 mil pessoas acompanharam o festival.




Houve ainda, momentos de confusão no show, uma vez que fãs se desentenderam com os fãs do Linkin Park (depoimentos podem ser lidos aqui), fazendo com que muito destes se retirassem por motivos de ameaças, desmaio, hiperventilação e/ou algum outro motivo médico, uma vez que agitação era incontrolável. Além disso, algumas pessoas ficaram machucadas (como essa menina que precisou por pino na perna), mas até o presente momento temos notícias de que passam bem (já que poderia ter sido pior).

Me diz aí. O que leva uma pessoa a dizer "Ta cheio de menina na grade, vamos empurrar até essas putas não aguentarem mais, quero ver pirralha saindo chorando daqui", apagar cigarro nos outros, machucarem fãs de outras bandas a ponto de precisar colocar pino na perna, entre outras coisas e ainda querer que tenham respeito por elas? Ainda tive o desprazer de ler piadas sobre todas as pessoas que pararam no hospital em tirinhas/memes e coisas tão maduras como  "ainda tem sorte que o Heavy Metal amadureceu, pois não fizemos nada em 'Heavy' (música nova do LP)", tudo isso em pleno século XXI, num FESTIVAL, onde tem como intuito criar uma diversidade de estilo, mesmo que seja dentro do rock, com todas suas vertentes.

Acima foram coisas que aconteceram nessa briga toda, mas ressaltamos que enaltecer a discussão de qual banda atraiu mais público ou foi melhor, só alimenta o discurso de ódio na competição que não deveria existir na música. Cada banda tem seu estilo, sua sonoridade e isto não deve ser encarado de forma negativa, muito pelo contrário, a diversidade existe para enriquecer o festival.


O setlist do Slayer pode ser conferido aqui.

Headliner do festival, o Linkin Park mostrou que não é só de hardcore, trash e nu-metal que se vive. Sendo o "ponto fora da curva" no Maximus, a banda trouxe para o show flertes evidentes ao eletrônico, algo muito presente em One More Light, que está para ser lançado nesta sexta-feira, 19.

Com misturas arriscadas no setlist, o público conheceu quatro músicas do novo disco:
Good Goodbye, Talking To Myself, Battle Symphony e Heavy - segundo Mike Shinoda, eles estavam proibidos de tocar a última ao vivo.





Com muita conversa e animação, a banda deixou claro que a base de fãs mais louca deles se encontra no Brasil. Apesar da nova sonoridade do grupo, o público se manteve atento a cada movimento, mas o ápice do show foi quando eles executaram as músicas do Meteora, Reanimation e Hybrid Theory, como Numb, Somewhere I Belong, In The End, One Step Closer, Breaking The Habit, Faint, Crawling (versão no piano e voz), entre outros sucessos que foram cantados do começo ao fim.




Mesmo com um novo visual, os fãs ainda se encantam e se empolgam com a mistura enérgica entre as bases eletrônicas, sintetizadores, rap, metal e o contraste vocálico entre Mike e Chester, que são marcas registradas do grupo.





Trecho do shows (principalmente do Linkin Park, a partir dos 8min), pode ser assistido abaixo:



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