Se apresentando em SP, Far From Alaska, Maguerbes, RevoltzSP e Fundamental Zero provam que o rock nacional está cada vez mais vivo

Foto: Instagram @maguerbes
No "show nacional mais gringo de 2015" (de acordo com a descrição do evento no Facebook) as bandas RevoltzSP, Fundamental ZeroMaguerbes e Far From Alaska se apresentaram no Inferno Club, em São Paulo. Confira resenha dos shows, fotos e saiba sobre as bandas nesta cobertura completa.



Começando por volta das 18h30, a banda RevoltzSP está vivendo o que é definido por eles mesmos como um sonho: Fundada em Americana/SP, o grupo tinha um sonho de começar uma turnê e tocar no Inferno Club. Neste último dia 06 esse sonho foi realizado com o lançamento da Preludio Tour e tocando no Inferno, ao lado de diversas bandas que estão fazendo a cena do rock nacional, que prova cada vez mais que está vivo.

O show foi aberto com as músicas Saudades e Farpa (faixa que abre o disco Demo), duas faixas que não estão presentes nos primeiros EPs e Singles da banda.


O grupo é formado por um quarteto de irmão, com um guitarristas e baterista com uma pegada forte e um som que envolve o público que está presente nos shows. Junto com todos estes fatores, a única garota da banda comanda o vocal principal, o baixo e participa da composição das principais letras do grupo. Vale lembrar que em 2013 o EP Coragem Pra Viver foi indicado a disco do ano pela revista Dynamite, além de no mesmo ano o grupo ter tocado no Lollapalooza Brasil.

Seguindo o show, começaram também a estar presentes músicas de seus EPs e Singles. A terceira a ser tocada no show foi Todo Ódio Tem Seu Nome (música presente no EP indicado a disco do ano em 2013). 



Na última 4ª feira, a banda lançou vídeo da música Inatingível, single do EP Paisagem/Pesadelo e essa foi umas das faixas tocadas no show, junto com Parte II, que também é música do próximo EP. Entre essas duas músicas, foi a vez de Preludio, música que dá nome a turnê que se iniciou e ao um dos singles que estarão presentes no próximo EP.


Já chegando ao fim do show, foram tocadas duas músicas inéditas e que estarão no disco Paisagem/Pesadelo, são elas Respeitável (Julay Sqn) e a AIS.  

O setlist completo foi o seguinte:

Foto: Elio Sant'Anna / Os Garotos de Liverpool
O segundo show da noite foi da banda Fundamental Zero, diretamente do Espírito Santo e com 5 anos de estrada. A banda foi formada inicialmente como uma banda Duo, pelo produtor Giuliano de Landa (responsável pelos vocais, sintetizadores, bateria e guitarra) e por Luiz Magnago (responsável também pelo vocal e pelo baixo).


Fundamental é o nome do primeiro disco da banda, lançado em 2011. O disco foi gravado, mixado e produzido pelo Giuliano, a masterização ficou por conta de Sean Magee, que trabalhou com Pink Floyd, Deep Purple,Coldplay e outros nomes, no lendário Abbey Road Studios, em Londres.


Vendo a necessidade de passar todo o instrumental de um grupo Duo para os shows, foram integrados a banda Jean Diaz (responsável pela Guitarra) e Leandro Stein (que assume as baquetas).


Com 8 músicas lançadas no disco de estreia, essas são algumas das músicas que público viu ao vivo durante o show no Inferno. Troubles abre o disco e com uma ótima batida na bateria, mesclada com riffs envolventes (ainda no inicio da música, onde é instrumental) é uma ótima música para tanto abrir um disco, como abrir um show. Iniciar com a introdução instrumental é uma das características da banda. A terceira música do disco, Snake Shadow Friend é uma das faixas que mais destacam a influência que o Indie tem sobre a banda.


Músicas como Across The Great se ver até um pouco de Pink Floyd e ainda destaca a influência tanto que o Electro tem sobre a banda, algo visto também tem Deep Inside e You Are Robot. I am Yourself  e Crach In The USA poderia facilmente estar um disco de balada dos anos 80, mostrando outra influência da banda.

O primeiro disco da banda você pode ouvir aqui:








Com cerca de 21 anos de estrada, Magüerbes foi a terceira banda a se apresentar no palco do Inferno Club.
Também diretamente de Americana, a banda se apresenta para alterar toda a atmosfera do local em que estão, deixando de lado os momentos (talvez) mais calmos de outros shows e atordoando o público presente no local (não que isso seja ruim, pelo contrário). Pode se dizer que este foi o show mais pesado e insano da noite.

Foto: Elio Sant'Anna / Os Garotos de Liverpool
Desde o momento que os portões se abriram, até durante o show e depois que o evento acabou era possível adquirir itens do Merchandising oficial da banda. CD's, camisetas, bottons, adesivos e muitos outros itens podiam ser adquirido por quem estivesse lá e com uma grana no bolso.


Liderado por Haroldo, o show é 100% insano, regado a belos riffs, berros, performances alucinantes do vocalista e outros ingredientes que deixa o público cada vez mais envolvido e conectado com o que a banda transmite em cima do palco.



Com sua formação ainda tendo Tuti AC, Fabrízio (ambos nas guitarras), Júlio Ramos (baixo) e Ricardo (bateria), uma das primeiras músicas do show foi Enfrente (presente no disco Modelo de Prova, lançado em 2007).

Sempre puxando o fio inteiro do microfone e cantando junto com o público, as duas próximas músicas foram destacadas pelo frontman da banda, antes de começar a cantar Obrigado Vida (música que deve estar presente no próximo EP) e Vila Rica (que também é nome de um dos EPs do grupo,que também tem a música Bela Vista, entre as últimas do show), seguida da música Controle (do disco Invulneráveis Ao Tempo E Desgraça).



Abrindo um dos discos da banda, a próxima música a ser tocada foi Ar (do disco 2) e do mesmo disco ainda teve a música Caráter, depois veio as músicas Cindy Lauper, Tema (ambas do disco Modelo de Prova) e a música Sobre O Sol (que deve estar presente em um próximo disco ou EP).



Finalizando o show, a música escolhida pela banda Qual O Seu Real Valor (do disco Modelo de Prova) e o seguinte setlist:


Foto: ElioSant'Anna / Os Garotos De Liverpool

Atração principal do dia, por volta das 21h30 subia no palco a banda Far From Alaska. Vindos de Natal, 3 dos 5 integrantes já estão morando em São Paulo e isso facilita tanto a logística da banda para shows em outras cidades e estados, como para poderem descansar momentos antes do show, tendo casa perto de onde foi o evento.


O show começa com um instrumental regado a sintetizador, guitarra pesada (o grupo considera esse o melhor riff que já fizeram), bateria e mostra o que está por vir durante o show inteiro: Só pauleira. Esse instrumental que inicia o show faz parte da música Thievery, que abre também o disco modeHuman (lançado em 2014). 

A próxima música destaca a qualidade do guitarrista, assim como da voz poderosa da Emmily, variando entre partes aceleradas e mais lentas dentro da música, Another Round é uma das principais faixas que podem ser usadas como base para mostrar todo o talento que a banda têm.

Deadman é uma das músicas que mais destacam o teclado tocado pela Cris e, pelo menos na versão de estúdio, parece ser também uma menos pesadas do disco. Sendo composta em várias partes, aproximadamente na metade dela é dado destaque para solos de bateria, baixo, sendo a primeira música do disco com esse destaque maior.


Outra música que também começou dando um destaque para os teclados da Cris foi a música Greyhound (assista ao "Tourvideo" da música). Uma das curiosidades sobre essa música é que ela foi composta antes do primeiro EP da banda (Stereochrome) e por pouco não entrou no disco completo.


Seguindo o show, foi a vez da música Politiks. Começando a música com um guitar slide feito pela Cris (que até então estava tendo seu primeiro contato com o instrumento quando gravou a música) essa é a música com a pegada mais "texana" da banda (lembrando muito a banda Cracker Blues, ao menos no estilo musical) e única que conta um efeito na voz do guitarrista, durante um pequeno trecho. Sendo composta enquanto iam para uma reunião da banda, a música levou o título de "Melhor Música Do Ano", no Prêmio Hangar de Música.

Considerada a música "resumo do disco", foi a vez de tocarem About Knives. Começando com uma espécie de sintetizador, teclados, uma leve batida de bateria, riffs de guitarra e já soltando sua poderosa voz poucos segundos depois, talvez o motivo de ser considerado o resumo do disco é ser uma faixa que usa elementos de todas as outras músicas (mesmo não sendo a última do disco). Com o videoclipe gravado em 5 países diferentes, você pode assistir aqui.


Já encaminhando para o fim do show, foi a vez de mandarem a música Rainbows. com um título sugestivo, a música fala sobre sexualidade. Chegando quase já no dia seguinte (Domingo), talvez esse fosse um dos dias mais propícios para tocar essa música, lembrando que a Parada Gay da Paulista ocorreu ontem.

A última música a ser tocada no show talvez seja a música mais psicodélica da banda. Regada com teclados, sintetizadores, efeitos na voz do guitarrista e uma harmonia entra o inicio lento da voz principal, que se junta com o backing vocal e aproximadamente aos 2 minutos de música começa um teclado que faz volta identidade da banda, com a batida pesada na bateria, e voz mais acelerada e os riffs de guitarra. Repetidamente é dito "We are Far From Alaska", "We are Far From Alaska", "We are Far From Alaska" até finalizar o instrumental da banda, assim como o show.



06.06.15 no Inferno Club ❤️foto: Biel Tadeu Fotografia.
Posted by Far From Alaska on Segunda, 8 de junho de 2015

Todas as fotos dos shows: Biel Tadeu Fotografia 


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