Com cobertura exclusiva e lotação máxima, Lenine se apresentou no SESC Vila Mariana

Nesse Sábado Lenine se apresentou no SESC Vila Mariana, na terceira noite seguida de shows esgotados para a divulgação de Carbono, seu mais recente trabalho, lançado ano passado.

Começando o show por volta das 21h, Lenine deixou claro desde o começo que o show teria em grande seus "novos meninos" (como se refere as músicas do disco mais atual) e foi assim do começo ao fim, vezes que tocou Castanho.

Diferente da formação clássica de "uma pessoa com cada instrumento", a banda pode ser considera acústica, tendo três guitarras, um baixo e a bateria. Também fazendo diferente no quesito de solos e riffs, os mesmos eram alternados entre um dos guitarristas e o filho de Lenine, guitarrista e co-produtor do dois últimos discos do cantor. Já no baixo, ele também tinha mais um de papel, assim como toda a banda, e principalmente alternava entre as cordas e os teclados.

Apesar de ser um disco relativamente novo, o público entoava as vozes nas letras de A Causa E O Pó, Castanho, Quem Leva A Vida Sou Eu e Quede Água enquanto não podiam e nem deviam fazer nada além de prestar na voz de Lenine, no sotaque, nas suas coreografias, que quando interpretava a letra e estava longe do instrumento de corda, lembrava de Ney Matogrosso, outro grande nome do cenário brasileiro.

Muitas vezes Lenine deixava o instrumento de corda de lado, para dedicar somente ao vocal, suas coreografias e buscar uma participação maior do público, foi assim da 3ª a 6ª música, da 9ª a 11ª e na 17ª.

Também houve uma parte do show onde ele tocou de forma solo, sem a pariticipação dos outros integrantes da banda, mas chamando para a banda a pláteia, que cantava sozinha, enquanto ele tocava violão em pelo menos quatro músicas: O Universo Na Cabeça Do Alfinete, A Vida Tão Rara, Hoje Eu Quero Sair Só e Sonhei.

Se o formato acústico já fazia lembrar a série "MTV Unplugged", que vai voltar em breve, isso ficou mais nítido a partir das 3 últimas músicas, momento que o público enfim saiu das suas poltronas e se direcionou para a frente do palco e,também tirou os celular do bolso para guardar alguns registros fotógraficos, que não era permitido enquanto estavam sentados.

Agradecendo a platéia diversas vezes, fazendo brincadeiras por "se sentir dono de São Paulo", em meio a cidade vazia, graças ao feriado prolongado, ele também agradeceu a cada um dos membros da sua equipe, da mesa de som até a banda e, se ele ainda não é dono de São Paulo, com certeza foi o dono do SESC Vila Mariana nos dias 21, 22, 23 e hoje de noite isso se repetirá.