Entrevista com Far From Alaska

A entrevista do mês de Setembro é com a Far From Alaska, que falou conosco sobre o início da banda, Planeta Terra 2012, Lollapalooza 2015, se pretendem lançar algo em português, expectativa do show no Brazilian Day (Com data adiada, porém uma turnê pela Califórnia) e muito mais, numa entrevista EXCLUSIVA que vocês podem conferir abaixo:

Foto: Biel Tadeu Fotografia/GDLTudoSobreMúsica

Como tudo começou?


Emmily: A banda começou porque eu queria cantar em alguma banda. Eu só tocava bateria e tinha vontade de cantar, aí eu chamei a Cris pra ter uma banda comigo e tal, ela gostou da ideia...

Cris: A gente começou junto, cara...

Emmily: Tá, desculpa, eu falei de uma forma ruim... A gente começou junto, e com os nossos pensamentos unidos, pensaram em fazer algo eletrônico no início, inclusive fizemos um show com nós duas e um DJ, que tinha batidas de músicas eletrônicas e a gente cantando por cima. Enfim, a gente teve vontade de crescer mais aquilo, aí chamamos o Edu, o Rafa e o Lauro, formando a banda.

De onde veio o nome da banda?

Emmily: A gente estava muito sem ideias, ninguém tinha nomes bons nunca, sempre que alguém sugeria, tinha alguém odiava o nome... Estávamos para lançar o EP e ainda não tinha nome, daí o Lauro chegou com a palavra 'Alaska', dizendo que gostava de sonoridade e nós concordamos.
Levei a palavra para casa da minha mãe, que fez uma lista com várias Alaska, Alaska ali, aqui, em cima, em baixo e nesse meio tinha 'Longe do  Alaska', que levei para o ensaio e todo mundo gostou.. Gostou não, ninguém odiou e a gente "se ninguém odiou, então isso é uma boa coisa, assim decidimos que seria esse o nome. No começo ninguém amava, mas hoje todo mundo gosta do nome da banda.

Como vocês se definem?

Emmily: A gente prefere não se definir...
Cris: Quem define se limita.
Edu: Essa é uma pergunta proibida da banda, nunca respondemos essa tipo de coisa porque quem define se limita.

Já cheguei a entrevistar outras pessoas (como a Lena, da Bula) que assim como vocês, aprenderam a tocar na igreja. Qual foi a reação das suas famílias quando ao partir para esse gênero?


Cris: Assim que eu comecei a tocar na igreja, eu já comecei a ter uma banda fora dela, desde muito adolescente. Meus pais não gostam muito, mas eu também tocava na igreja então "deixavam quieto".

Emmily: No começo foi tenso, meus pais não gostaram muito da ideia, com  banda anterior que eu tive, mas depois foi acostumando, a Far From Alaska foi ganhando reconhecimento e eles foram ficando orgulhosos invés de bravos.

Cris: Meus pais ainda queriam que eu fizesse uma banda gospel de rock, um Far From Alaska gospel.

Emmily; Querem até hoje, inclusive.

A banda começou com um EP (Stereochrome) e dois anos depois lançaram o modeHuman. Qual foi a diferença entre fazer um e outro?

Emmily: Foi uma outra estrutura, nunca tínhamos gravado em um lugar tão absurdamente maravilhoso, com equipamentos maravilhosos e o Pedrinho (Planet Hemp) que acompanhou a gente na gravação do disco... Foi uma coisa muito grande.

O EP foi feito em casa e mandamos para o Chuck (Vespas Mandarinas) mixar, o que foi incrível também. Provavelmente se o Chuck não tivesse mixado, nada tinha acontecido... Ele deu um "chute" na nossa bunda e fomos pra frente muitos anos.

Os Garotos de Liverpool: Ele deixa fazer o que quiser né?

Emmily: Ele entende, ele é rockeiro.

Tanto o EP quanto o CD foi gravado todo em inglês, vocês pensam em fazer gravação de algum single, EP ou disco em Português?

Emmily: Jamais!! Não, não vou dizer "jamais" porque né...

Cris: Jamais!!

Lauro: Ele perguntou se a gente planeja, não planejamos...

Emmily: De jeito  nenhum na verdade.

Os Garotos de Liverpool: Que eu li uma vez que a Pitty chamasse, podia rolar isso...

Emmily: Com Pitty eu gravo até em russo, mas Far From Alaska, somente Far From Alaska, não está nos nossos planos e provavelmente não estará nunca. 
Como que rolou de tocar no Planeta Terra?

Emmilly: O Chuck estava mixando o EP, e aí ele falou para a gente sobre o concurso, dizendo "Oh, vocês não fizeram nem show ainda, mas envia a música para esse concurso aqui que vocês tem potencial", ele que sacava do concurso a gente ainda nem conhecia. Dai a gente se inscreveu, o primeiro show nosso foi na seletiva do concurso e o segundo show já foi no Planeta Terra.

E no Lollapalooza?

Emmily: O Lolla foi uma ligação... Estávamos no shopping tomando café, todos juntos e o celular do Rafa tocou, quando veio o aviso "Ei, vocês vão tocar no Lollapalooza", o Rafael não acreditou, só disse "beleza" e desligou o celular. 
Quando perguntamos "O que foi?" ele falou "Lollapalooza" e a gente "O que? Meu Deus!!", saímos pulando, dando piruetas... Foi isso, foi uma ligação inesperada.

E sentiram alguma diferença entre participar do Planeta Terra e do Lollapalooza?



Emmily: Total, porque um foi o primeiro show e outro foi dois anos depois... No Planeta Terra foi a primeira vez que eu peguei um microfone na minha vida e estava na frente do palco, eu não gosto de assistir quando tem vídeo e etc, mas provavelmente se eu pegar o vídeo eu vou estar parada cantando. A gente evoluiu muito, pelo menos eu evolui bastante. Não tem como comparar, porque são duas épocas totalmente diferentes da banda.

Como foi participar do Passaporte Brazilian Day


Emmily: A gente está "de cara" porque chegamos até aqui, na final, com bandas "muitos massas"... Gente, porque só eu  estou falando nessa entrevista?... Enfim,  a gente está muito feliz!!

Os Garotos de Liverpool: É que eu vi uma entrevista no Showlivre que você quase não falava...

Emmily: Eu não falo em entrevista, essa é a primeira entrevista que estou falando tudo.

Os Garotos de Liverpool: Agora estão deixando pra você...

Emmily: Eles não estão deixando, estão obrigando. Eu não deveria estar falando, mas enfim...

Qual a expectativa da banda sobre um show fora do país?


Emmily: Eu estou muito nervosa, mas sei que eles estão também, tocar na "gringa" acho  que é o auge... Tem que fazer uma entrevista daqui dois meses de novo, porque eu não sei o que vai acontecer, não sei!!

Muito obrigado pela entrevista!! Vocês têm algum recado para os fãs da banda e leitores do site?


Cris: Recadinho do coração, Rock and Roll é a melhor opção.

Os Garotos de Liverpool: Vou fazer uma tattoo com essa frase...

Edu Filgueira: Continuem acompanhando e colando no show de rock, Facebook e tal... Torçam pela galera, porque é tudo feito para os fãs.

Rafael Brasil: Don't give up the fight.

Lauro Kirsch: Eu endosso a palavra dos meus amigos e vocês  são lindos, um beijo!!

Emmily: Vocês são lindos e tudo doido, porque pra ouvir nosso som... Só doido mesmo, se estão gostando até hoje, espero  que goste pra sempre  e que seja uma química eterna!!

Assista a apresentação da Far From Alaska no estúdio Showlivre:





Ouça o disco modeHuman completo:




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