Discogs faz lista dos artistas e trabalhos mais colecionados de 2025, com Beatles estando no topo

O Discogs, maior plataforma colaborativa dedicada à música e ao colecionismo no mundo, divulgou seu Year in Review 2025, relatório anual que mostra com precisão o que os colecionadores de vinil, CDs e outros formatos físicos mais buscaram, catalogaram e incorporaram às suas coleções ao longo do ano.

Diferente das tradicionais listas de fim de ano baseadas em curadoria editorial ou números de streaming, o levantamento do Discogs é construído a partir do comportamento real dos próprios usuários da plataforma. São dados que refletem buscas no marketplace, itens adicionados às coleções pessoais, movimentações de compra e venda e padrões de interesse ao longo de 2025. A análise contempla nove regiões globais, entre elas América do Norte, América Latina, Europa, Ásia e Oceania, revelando tanto tendências universais quanto preferências específicas de cada território.

Entre os destaques globais, alguns nomes reforçam sua força atemporal no mercado físico. The Beatles foram eleitos Artista do Ano, confirmando o apelo contínuo do catálogo da banda entre colecionadores de diferentes gerações. Já o título de Álbum do Ano ficou com The Life Of A Showgirl, de Taylor Swift, que se destacou como o lançamento contemporâneo mais presente nas coleções ao redor do mundo.

As reedições também tiveram papel central no relatório. Channel Orange, de Frank Ocean, foi apontado como Reedição do Ano, figurando entre os relançamentos mais valorizados e disputados pelos fãs. No formato compacto, o single 7-inch do Ano foi Fortnight, novamente com Taylor Swift, mostrando que até formatos menores seguem relevantes no colecionismo atual. Entre as gravadoras, a Columbia Records liderou o ranking, consolidando-se como o selo mais recorrente nas coleções em 2025.

O Year in Review também chama atenção para as diferenças regionais, evidenciando como o gosto musical reflete contextos culturais distintos. Na América Latina, por exemplo, clássicos de Pink Floyd e do brasileiro Chico Buarque superaram Taylor Swift em popularidade, demonstrando a força de catálogos históricos e da música local. Já na Ásia Oriental e no Sudeste Asiático, houve uma preferência marcante por compositores clássicos como Beethoven e Mozart, além de nomes fundamentais do jazz, como Miles Davis e John Coltrane. Nos Países Nórdicos, o destaque ficou para o rock mais alternativo e pesado, com bandas como The Hellacopters e Ghost entre as mais colecionadas.

Esses recortes reforçam que, mesmo em um mercado globalizado, o colecionismo musical segue profundamente ligado à identidade cultural de cada região. O relatório evidencia desde o apreço pela música clássica em determinados territórios até a predominância de artistas contemporâneos em mercados de língua inglesa.

Mais do que um simples ranking, o Discogs Year in Review 2025 revela o fortalecimento contínuo de formatos tradicionais como vinil e CD, a permanência do interesse por artistas clássicos em coleções modernas e as diferenças regionais que moldam os hábitos de consumo musical ao redor do mundo.

Em um momento em que o consumo digital domina o dia a dia, o relatório reforça que o formato físico mantém um papel simbólico e afetivo forte. À medida que novas gerações redescobrem o valor do objeto musical e colecionadores veteranos seguem preservando seus acervos, o Year in Review do Discogs se consolida como uma das principais referências para entender a cultura global do colecionismo musical ano após ano.

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