ENTREVISTA - Di Ferrero: "Fico feliz demais se o som faz sentido pra alguém e marca a vida e o núcleo em volta de uma pessoa"


Foto: @cesinha

No último domingo (26), Di Ferrero fez show da "Outra Dose" tour em Indaiatuba e, antes do show, tivemos a oportunidade de falar um pouco com ele. Com outros veículos presentes, pudemos fazer duas perguntas para ele e o resultado disso pode ser conferido ao longo da matéria.

Sendo o primeiro a conversar com ele, nos apresentamos ele lembrou de nós, muito por conta também da conversa que tivemos anteriormente, quando foi anunciada a turnê "Cedo ou Tarde).

Em Indaiatuba, falamos sobre ter um público que atravessa gerações e estar voltando pra cidade, agora para um público de cerca de 20 mil pessoas. 

OGDL: O público do NX, ele atravessa várias gerações e tal... Na tour que teve eu tenho até uma conhecida que ela foi com a mãe e a mãe cantava todas as letras, conhecia tudo. Lá quando vocês começaram, você imaginava estar num patamar do mainstream, de estar atingindo várias gerações assim. Tem também gente indo com a criança, né? Pais indo com as crianças e gente que acompanhou indo com os pais e eles acompanham também.

DI FERRERO: Isso foi uma surpresa muito boa. Não na tour do NX, mas na tour que fiz até antes da do NX começar, né? E agora também, porque por exemplo, hoje eu fiz já um show, hoje em manhã, lá em São Paulo, e tinha umas crianças assim. E eu tenho reparado que dependendo do horário do show e dependendo do dia, como é que é, tem uma galera mais nova, mais criança.

E as gerações que vão junto, os pais, né? Porque já tem alguns fãs que são pais de crianças. E tem as mães que levavam os fãs, quando eram crianças que não podia ir, tinha que ir com o responsável também. E continuaram curtindo e sempre falam, eu levava, minha filha falava, obrigado por levar e tal.

Cara, é muito louco que a gente não pensa nisso quando a gente é mais nova, a gente só quer tocar e tal. Mas hoje eu reparo nisso todo show, assim, as gerações e tal. É uma coisa que fico feliz demais. Porque é o som, né? Se o som faz sentido pra alguém, o som marca a vida da pessoa, do núcleo em volta dela, da família e tal. De repente aquela música, a mãe vai lembrar da filha, que a filha vai lembrar da mãe, e a vida vai seguindo e é bom ter esse laço através da música.


OGDL: Relacionada até com hoje mesmo, há cerca de uns 15 anos vocês estiveram aqui em Indaiatuba, num shopping, não sei se vocês lembram disso...

DI FERRERO:
Eu vi os fãs falando e alguém me falou isso...

OGDL: 
 E era num shopping pequeno, térreo. E aí agora você tá voltando pra, não sei se é 15, 20 mil pessoas que vai ter hoje aqui.

DI FERRERO: Irado, né? Não, isso é muito incrível. As coisas que aconteceram na minha carreira, da banda, foram realmente assim... Vou te falar, não foi um... Teve planejamento, mas não foi aquela coisa assim, agora eu vou fazer isso, agora eu vou fazer isso. 
Foi muito mais sensação, sentimento, momentos de dúvidas, como qualquer um que vive uma vida aqui nesse mundo, né? Tipo nesse plano, que tem todos os nossos anseios, nossas coisas e voltar pra fora isso e de repente ver que tá crescendo, tá rolando.

Então é muito louco chegar aqui hoje, né, depois de tanto tempo e ter tanta gente chamado, tá aqui, as pessoas cantando, as músicas antigas, as novas, isso é incrível.

OGDL: Eu participei de uma coletiva do MITA lá no comecinho, que foi quando a gente conversou, né? E muito obrigado, te
 vendo de novo mais uma vez, eu não tava pessoalmente naquela.

DI FERRERO
: Parabéns pelo trabalho e muito obrigado!


Confira trecho do show em Indaiatuba:


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