COBERTURA: A experiência de três datas seguidas de Paul McCartney no mesmo estádio

Em 2012 esse site foi criado como um blog para trazer ao público brasileiro notícias sobre Beatles e seus membros, com diversas matérias de curiosidades, datas históricas, entre outros. Aos poucos, fomos tomando gostado pela coisa, ampliando nossos horizontes e se transformando num site sobre música, artistas independentes, filmes, games, notícias geek e o que mais der na telha de noticiar ou escrever. 

Desde então, fomos entrando no mundo dos shows, buscando fazer coberturas de artistas nacionais e internacionais, culminando em mais de 320 matérias sobre shows, seja de shows solo ou diversos festivais pelo Brasil e Europa, além de diversas entrevistas exclusivas ou coletivas.

O início da cobertura de shows foi entre 2013 e 2014, com diversos nomes nacionais, mas o primeiro internacional nós nunca esquecemos: 26/11/14 - Paul McCartney no Allianz Parque. É indescrítivel a sensação de ter chegado onde tanto desejava estar e ter um trabalho árduo ser reconhecido, ainda mais sendo um site independente.

Mas mais difícil que ter o trabalho reconhecido, é se manter sendo conhecido ao longo dos anos, pelos mais diversos tipos de públicos como o estilo, como é possível ver em todos os nossos tipos de coberturas, seja de shows, festivais, feiras de games, cabines de cinema, entre outros.

O segredo e o que sempre dá forças para continuar é, além do reconhecimento que às vezes tem, o fato de fazer o que faz por realmente amar, com os objetivos que almejar alcance sendo uma consequência, não algo que será alcançado a todo custo.

Por amar o que fazemos, dia após dia, a parceria com Paul McCartney foi sendo ampliada e, ao longo dos anos, tivemos a oportunidade de cobrir shows novamente em 2017 (SP e PoA) e 2019 (2x SP e Curitiba), cada ano desses três em uma turnê diferente. Agora, quatro anos depois, estamos de volta com essa parceria, podendo contar para vocês como foram os três shows da turnê "Got Back", nos dias 7-9 & 10 de Dezembro, no Allianz Parque. 


Foto: Marcos Hermes


PRIMEIRA NOITE EM SÃO PAULO COM SETLIST "REDUZIDO"
Há exatamente uma semana, a turnê foi iniciada em Brasília, em seguida foi para Belo Horizonte (com Milton Nascimento encontrando Paul McCartney) e hoje se iniciou em São Paulo.

Marcado para abrir às 16h, um pouco antes foi o momento que iniciou uma chuva torrencial, por cerca de meia-hora, deixando o público (com razão) p da vida e gritando diversas vezes para que abrisse logo (principalmente quem iria de superior, área coberta e fugiria da chuva), algo que não aconteceu e demorou 1h para começar a liberar o público, por conta de atraso e imprevistos durante o hotsound/passagem de som, momento que serve para deixar tudo ajustado para o horário do show completo. Depois de entrar no palco e se acomodarem, o público esqueceu desses problemas e já mudou a chave para a ansiedade em ver um Beatle no palco. 

Às 19h30, Chris Holmes, DJ de Paul McCartney, abriu os trabalhos com 'Minha Vida', lindíssima versão de Rita Lee para 'In My Life', um clássico e uma das mais bonitas dos Beatles, aquecendo o público para a atração principal. Se em outros anos aparecia diversas colagens dos Beatles e efeitos psicodélicos ao longo da discotecagem, na "Got Back" é somente a arte da turnê ou um QR Code que direciona para o site oficial da tour e do Sir. 

Às 20h começou a aparecer o telão tradicional "pré-show", com imagens que remeteram a 'Early Days' (música tocada naquele momento pelo DJ), além de surgir novamente o nome de Paul McCartney e da tour. Nela, uma imagem de George Harrison, fazendo o público ovacionar o "Beatle quieto". Daqui em diante, o show já estava atrasado, se comparado com o divulgado oficialmente desde as vendas dos ingressos e quem estava abaixado já ficou em pé, só aguardando o Sir. aparecer no palco e nos telões. 

Os atrasos que ocorreram ao longo do dia culminou no atraso do início do show, que começou por volta das 20h30, com Paul McCartney surgindo para o público do Allianz pela primeira vez em 2023, já fazendo parte de um feito inédito em solo brasileiro: Três vezes no mesmo estádio no mesmo ano.

Na primeira noite de shows, ele abriu com 'Can't Buy Me Love', faixa tocada em solo brasileiro anteriormente em 1990/93/2017. 

Pela terceira música, 'Letting Go', ele cumprimenta o público com um "E aí, mano" e mostra para nós sua grande sacada da tour: A banda de metais Hot City Horns, que estava localizada entre a Premium e a cadeira inferior, com a instrumentação e Paul McCartney puxando aplausos da galera. 

Antes de 'She's A Woman', ele confere sua colinha (será que ainda usa?) e comenta "Essa noite tentarei falar português... Um pouquinho". Tocada pela primeira vez em São Paulo, ele logo emendou com 'Got to Get you inyo My Life', que mostrava no telão de fundo os Beatles em ação, mas dessa vez no jogo Rockband.


Tocando uma faixa relativamente nova, ele apresentou 'Come on To Me' como "um pouquinho nova", por estar presente em seu penúltimo disco, lançado em 2017.

Na sétima música, uma pequena amostra de sua versatilidade, ao tocar 'Let Me Roll It' e também solar tributo ao Jimi Hendrix. Antes de fazer mais uma troca de instrumentos, ele atingiu o coração dos Beatlemaníacos com 'Getting Better', faixa presente no álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e segunda inédita em São Paulo na noite. 


Indo para o piano, ele indica ter algo errado no início de 'Let Em In', mas em seguida apresenta ela ao público (também juntos com os metais, agora no palco), apresentando 'My Valentine' (dedicando para Nancy, presente no público), 'Maybe I'm Amazed' (composta para Linda e presente seu álbum de estreia solo), e, entre elas, 1985, faixa que completou essa semana 50 anos de lançamento, assim como o álbum "Band On The Run", energizando o público com o piano acelerado e os riffs de guitarra. 

No seu quarto instrumento, ele retorna para a beatlemania com a acústica 'I've Just Seen A Face', com o violão sendo e elemento principal da maioria das próximas faixas, incluindo com 'In Spite of All the Danger', a primeira canção que os Beatles gravaram, como ele mesmo disse em português.



Avançando um pouquinho no tempo, agora ele viaja de Liverpool para Londres, com 'Love Me Do' e Paul Wix (tecladista do McCartney) indo para seu quarto instrumento e fazendo a gaita de John Lennon. 

No quinto instrumento de Paul McCartney, o bandolim de 'Dance Tonight' e as danças de Abe Laboriel Jr, muito antes do TikTok, antes de emocionar o público em dose-dupla.


Para quem ainda não havia visto ele (ou desde de 2012), o momento de surpresa veio em 'Blackbird'/'Here Today', com Paul McCartney tocando numa plataforma que fica quase da altura do palco na primeira música e vai voltando para posição original no finalzinho da segunda, momentos antes de aparecer no palco seu Magic piano e ele trocar de instrumento novamente, para 'New' e 'Lady Madonna', botando a banda de metal para trabalhar muito mais do que em 2019, estando presentes em ambas as faixas e em 'Jet', com o Paul tocando em seu emblemático Höfner tanto a aniversariante da semana quanto a circense 'Being for the Benefit of Mr. Kite!', do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e que se mantém em seu repertório 10 anos depois de estrear em BH, na Out There.

Antes de 'Jet', normalmente seria performada 'Fuh You', 'You Never Give Me Your Money' e 'She Came Through in the Bathroom Window', que também não rolou na segunda noite de Belo Horizonte. Até então, não sabíamos se elas tinham ficado fora de vez, mas elas não voltaram nos dias 9 & 10/12. Quem comprou ingresso pro show e ficou fuçando setlist, deve ter ficado chateado de não ter visto essas músicas, ainda mais por ser a primeira vez delas em solo brasileiro, mas deu pra conferir o trecho de 'You Never Give Me Your Money' presente no medley que encerra o show.

Vale destacar que Abe, baterista de Paul, machucou o pulso em BH e tocou a segunda data com uma mão só, algo que também rolou em algumas músicas da primeira noite de SP e isso também pode ter sido um dos motivos para a exclusão dessas faixas na primeira noite. Destacamos também que os menos detalhistas nem haviam percebido ele estar tocando só com uma mão algumas das faixas.

Em seu sexto instrumento, ele faz homenagem a outro Beatle, já que havia feito anteriormente para John Lennon em 'Here Today' e agora para seu mano (como ele mesmo disse) George (Harrison) em 'Something' iniciada no ukulele e acabando no violão, com essa troca rolando entre o emblemático solo de guitarra do único single lado A "não Lennon/McCartney". 

Colocada no repertório para o público cantar o refrão, apesar de clássicos como 'Love Me Do' e 'Something' terem sido entoadas do início ao fim, 'Obladi Oblada' levantou todo mundo da galera, sendo uma das favoritas do Paul McCartney e fazendo parte das músicas "fixas", assim como 'Band On The Run', uma das mais conhecidas dos Wings e terceira aniversariante da semana. 

Na sessão "Let it Be", ele apresentou 'Get Back', energizando novamente o público, antes de acender o Allianz com as, lanternas de todos os celulares acesas do início ao fim da música,proporcionando para ele um efeito visual incrível e que dava pra ver a emoção em seu olhar. 

Mantendo no piano, o ápice do show com os fogos e todos os efeitos pirotécnicos de 'Live and Let Die', que aqueceu a Premium até mais da metade, antes de 'Hey Jude', também presente no setlist pro estádio cantar junto todos os NAs possíveis. 



Encaminhando para o final, 'I've Got A Feeling' emocionou o público, com a tecnologia utilizar para limpar os vocais de John Lennon no documentário "Get Back" (Disney+) também permitindo com que Paul McCartney voltasse a fazer um dueto com ele, quase 45 anos depois, mas agora com o peso de estar fazendo isso um dia antes do "aniversário" da morte de Lennon, ampliando ainda mais todo o quesito emocional que essa música ao vivo tem.

No show, ainda houve espaço para 'Birthday', 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise), 'Helter Skelter' e o medley 'Golden Slumbers/Carry That Weight/The End'.

Muitos gostariam que ele tocasse mais músicas dos Beatles, já outros que apresentasse mais Wings ou solo. Apesar do extenso setlist (entre 1990-2019, ele tocou 100 músicas em solo brasileiro, como é possível ver por aqui), é difícil de agradar todo mundo, principalmente os fãs mais assíduos e que já estiveram na maioria dos shows feitos em solo brasileiro.

Levando isso em consideração, ele busca agradar ambas as partes do público, apresentando os hits dos Beatles, trafegando pelos Wings ou carreira solo com Jet, Band on The Run, Maybe I'm Amazed, My Valentine, além de faixas não tão conhecidas para quem foi lá mais pelos Beatles, mas pode ser um grande convite a acompanhar mais vezes seu "pós anos 70", como Junior's Farm ou faixas presentes em dois dos seus três discos mais recentes: New e Egypt Station. 

Em recente entrevista ao Bial, Paul McCartney comentou que continua fazendo shows por conta da energia do público nos shows e como isso aquece seu coração. É isso que vemos no palco e mais nada importa.

Nos últimos dias, vimos gente criticando o vocal dele durante performance feita no México na 30ª música do show), mas quem fala disso simplesmente acaba esquecendo de outros fatores, como ele estar atualmente com 81 anos, fazendo suas performances sem alterar o tom das músicas e manter fazendo um show com duração de 2h40 aproximadamente, há praticamente 15 anos. 

Com seus shows tendo uma duração que poucos artistas no mundo fazem, ele inicia tocando seu emblemático Höfner, depois vai pra guitarra, aí se encaminha para o piano, toca algumas músicas, vai pro violão, ukulele, bandolim, retorna para seu 
Höfner e, depois de 35 músicas... Ele corre, entre duas músicas, do piano para a guitarra, enquanto Abe Laboriel Jr. encerra os primeiros acordes da última faixa do último álbum gravado pelos Beatles. Eu brinco que ele só não toca bateria pra não deixar o Abe somente dançando, como ele faz num trecho de Dance Tonight.

Nessa noite, o setlist teve três faixas a menos do que costuma ter, mas ainda contou com um repertório extenso: 36 músicas em 2h30 de show. Nos dias 9 e 10, mostraremos por aqui a segunda/terceira data de São Paulo e tudo que tiver de diferente. 



Paul McCartney Setlist Allianz Parque, São Paulo, Brazil 2023, Got Back


Foto: Marcos Hermes

(Atualizado com resenha do 2o dia - 10/12/23 - 02h07)
SEGUNDA NOITE TEM ALTERAÇÕES NO SETLIST E MÚSICA PUXADA PELO PÚBLICO
Depois de um dia de pausa e homenagem ao John Lennon (quando as datas foram anunciadas sem o dia 8, nós investigamos e vimos que Paul McCartney nunca fez show em 8 de Dezembro desde a morte de John Lennon, no mínimo), Paul McCartney chegou no Allianz Parque por volta das 15h40 para passagem de som, dando pra ouvir de fora do estádio faixas como 'Women and Wives', 'On My Way to Work' e 'Ram On'. 

Por ser final de semana, o público de hoje chegou bem mais cedo do que dia 7, com a fila do portão B chegando na rua do portão C, algo que também deve ter rolado com o portão A, proporcionando uma fila que eu não lembrava de ter visto tão grande em shows do Paul McCartney. Vale destacar que durante a semana a fila não virou a esquina até abrir o portão, também às 17h.

Com DJ Chris Holmes começando os trabalhos por volta das 19h15, ele repetiu homenagem para a Rita Lee, agora com 'Pra Você eu Digo Sim' (versão de 'If I Fell').

30min depois, iniciou o telão tradicional, com a inserção "Live Tonight", em vez de "Paul McCartney GOT BACK" da noite anterior e 'Smile Away', em vez de "Early Days', com as tradicionais colagens que subiam o prédio e Beatles, George/John sendo ovacionados.

Por volta das 20h15, era tocado trechos de Mrs. Vandebilt/A Day in The Life/The End, antes de Paul aparecer no palco e ser ovacionado pelo público, logo abrindo o show com mudança: 'A Hard Day's Night' no lugar de 'Can't Buy Me Love'.


Tocando uma faixa relativamente nova, ele apresentou 'Come on To Me' como "um pouquinho nova", por estar presente em seu penúltimo disco, lançado em 2017. Na primeira noite, não filmamos ela, então agora vocês podem assistir um trecho abaixo:


Iniciando o segundo terço do show, 'In Spite of All The Danger' foi o primeiro grande coro do público, elogiado por Paul, que antes de cantar 'Love Me Do', mandou a frase "O pai tá on", em português mesmo.

Já na plataforma surpresa (pelo menos para quem está vendo pela primeira vez), ele dedicou 'Here Today' para seu "parça" John, como o próprio Sir. disse. A homenagem para John Lennon foi amplificada graças ao próprio público, que começou a cantar o refrão de 'Give Peace A Chance' enquanto Paul McCartney preparava seu Magic piano, acompanhando o público e cantando junto "all we are saying is give Peace a chance" antes de NEW.

Em 'Lady Madonna', o Magic Piano de Paul McCartney ganha um telão e vira uma extensão do telão do fundo. A faixa foi tocada antes dele executar 'Jet', hoje dedicada para Denny Laine, membro essencial dos Wings e que faleceu essa semana. Nessa tour, a música conta com um conjunto de metais incrível!!

Sendo quase uma trinca de homenagens, ukulele, violão e o belíssimo solo de 'Something' dominam a faixa cantada para seu "mano" George Harrison, com a canção sendo entoada por todo o público, rendendo gritos e aplausos nas primeiras imagens do "beatle quieto" no telão e, para mim, os aplausos pareceram estar mais intensos e altos nessa segunda noite.

Os elogios para o público se repetiram em 'Obladi Oblada', faixa presente no setlist para levar o público, fazendo cantar e dançar intensamente do início ao fim.

Encaminhando para o final (mas ainda antes do BIS), 'Get Back' agitou o público, mas emocionou também, com as imagens do documentário da Disney+ sendo exibida no telão de fundo.

Ainda dentro do álbum "Let it Be", a faixa-titulo emocionou o público, que promoveu um show visual com as lanternas ligadas por todo o estádio, tornando com certeza um espetáculo até para o próprio Paul, que esqueceu algumas partes da música, tal como no Clube do Choro (em Brasília), mas como ele mesmo disse, num dos álbuns mais recentes, "Who Cares?".



Antes do BIS, Hey Jude também teve lanterna pelo estádio todo, além de Paul convidar, em português mesmo, para num momento só os homens cantarem e depois só as mulheres, com parte do público levantando umas plaquinhas de NAs, mas longe daquilo que vimos no Engenhao em 2011.

Segunda mudança do show, após a emblemática performance de I've Got A Feeling, fazendo dueto com John Lennon, foi a inserção de 'I Saw Her Standing There' no setlist.



"É hora de ir embora", informou Paul McCartney para o público, antes do medley 'Golden Slumbers/Carry That Weight/The End' .



Ainda sem 'She Came Through in the Bathroom Window/You Never Give Me Your Money' (será que voltam amanhã?), o setlist foi o seguinte:


Paul McCartney Setlist Allianz Parque, São Paulo, Brazil 2023, Got Back

(Atualizado com resenha do 3o dia - 11/12/23 - 01h00)

CHUVA TORRENCIAL E DEBUTANTES DA TURNÊ MARCAM ÚLTIMO DIA; CONHEÇA TAMBÉM O BACKSTAGE MIRANTE
No terceiro e último dia, Paul McCartney chegou na hora prevista e os portões abriram por volta das 16h40.

Dessa vez, nós tivemos um dia diferenciado, ouvindo 'From Me To You' no soundcheck e depois firmando parceria com o Backstage Mirante, local no Allianz Parque que conta com Open Bar + Open Food antes e depois da apresentação, além de ingressos para o show. No cardápio, temos lanche vegetariano/veggie, mini pizza, sorvete, cerveja/álcool/refri/bebidas não alcoólicas e até mesmo estações de Power Bank Hyupp, que pode ser utilizada por meio do aplicativo, em algum dos 300 pontos espalhados por São Paulo. Enquanto o público desfruta do local, por lá rolam músicas do artista que vai se apresentar no estádio, sendo um aquecimento de Beatles, Wings e Paul McCartney, antes mesmo do DJ Chris Holmes.

Abaixo, algumas fotos e vídeos para vocês:


Às 19h15, assim como no dia anterior, o DJ Chris Holmes começou seus trabalhos com 'Eight Days a Week' e passando também por 'Tudo por Amor', versão de Rita Lee para Can't Buy Me Love, mas ainda discotecando sem o telão tradicional repleto de colagens dos Beatles, Paul McCartney e personalidades que passaram pela vida do Sir.

Se no dia 7 choveu antes de abrir os portões, no dia 10 a chuva começou antes do Macca aparecer no palco, com a garoa intensificando enquanto Chris Holmes discotecava por volta das 19h45, com o prédio imenso das colagens se iniciando, novamente com 'Early Days' e a inserção "GOT BACK" presente no começo. Quando exibida a imagem de George, rolou menos aplausos e gritos nessa última data, não sei se por conta do volume estar mais alto ou por conta do público estar um pouco preocupado com a garoa. Um fã que estava do meu lado comentava que havia visto no celular que a previsão era 0% de chuva, enquanto olhava para os pingos vindo do céu, sem ter uma capa. 

A chuva parecia que ia parar, mas exatamente nos últimos segundos de a Day in The Life da abertura voltou, com Paul aparecendo no palco diante da chuva, assim como na primeira data de 2014. Com o setlist tendo algumas mudanças em relaçao ao dia 9, ele retornou com 'Can't Buy Me Love' e Paul wix já mostrando seu talento no violão. Depois de 'Junior's Farm', um "Oi São Paulo. Boa noite, mano" para o público, que mesclava entre com/sem capa de chuva.



Numa chuva mais forte, ele trouxe para o setlist 'Drive My Car', inédita na "Got Back" e que, até então, só era tocada nas passagens de som. Nesse momento, o fã que falei anteriormente olhava para o céu e comentava: "0% de chance de chuva, né?" 


Depois de passar pela guitarra, ele foi para o piano, com 'Let Em in' dando uma acalmada na chuva e grande parte do público que estava na parte coberta (entrada da pista) voltando para a Premium, algo que não durou muito, intensificando em '1985' e fazendo mais sentido ainda com "What if it rained? We didn't care" em 'My Valentine', onde o clipe é exibido no telão, com Natalie Portman e Johnny Depp fazendo a interpretação de libras, enquanto Paul nos emociona na música dedicada para Nancy, sua esposa e que esteve presente nas três datas de São Paulo.


Sempre afiado no português, em 'I've Just Seen A Face', ele simplesmente meteu um "bora galera", em português mesmo.

Na plataforma de 'Blackbird' e 'Here Today', o público acompanhou o tributo para John Lennon, porém de maneira menos intensa do que nas noites anteriores, com a galera mais prestando atenção de fato nos tons vocais de Paul McCartney e nos acordes do violão, além de brigar contra o temporal naquele momento, sem cantar juntos do início ao fim, mas dando os devidos aplausos e gritos merecidos para o "parça" (como Paul disse) Lennon no final da música. A sessão de homenagens foi ampliada com o ukulele e violão para Harrison em 'Something', além de 'Jet', novamente dedicada de Denny Laine, que faleceu há menos de uma semana.


Se tem uma prova viva do nível de fanatismo dos brasileiros, isso certamente pode ser medido com a chuva torrencial que caiu no Allianz Parque praticamente o show inteiro, mas ainda fazendo com que grande parte do público ficasse presente por lá, mesmo que fosse somente na entrada/lateral das pistas, com o objetivo de conseguir fugir de uma possível gripe/pneumonia, mas assistindo ao Sir. mesmo que fosse somente do telão (e com boatos de ter sido a última). 

No final, quem por lá ficou e nunca havia visto o Sir. foi recompensado com novidades: 'Drive My Car' estreando na turnê e 'Dat Tripper' também estreando na "Got Back", além de estar no repertório do Macca pela primeira vez desde 2017. Apesar de São Paulo ter sido a única cidade com três shows, ela, por enquanto, também foi a única sem o medley 'She Came Through in the Bathroom Window/You Never Give Your Money', que nunca foi tocado em São Paulo. 
Apuramos que os shows no Allianz precisam acabar às 23h e, como com essas músicas o show acabaria 23h55/00h (além do prazo para o público sair do estádio), essas foram as faixas escolhidas para serem limadas. 

Confira setlist completo da última noite por aqui:

Paul McCartney Setlist Allianz Parque, São Paulo, Brazil 2023, Got Back


Os próximos shows da "GOT BACK" são 13/12 em Curitiba e 16/12 no Maracanã, esse com transmissão Disney+/Star+.

UPDATE: 17/12/2023 - 01h
Após o show no Maracanã, 
esse com transmissão Disney+/Star+ com delay de 30min em relação ao show, Paul McCartney foi para o aeroporto e já não está mais em solo brasileiro.
Sem supresas no repertório, o show teve 36 músicas e contou com plaquinhas do NA em 'Hey Jude', além de bexigas coloridas (que iluminaram o Maracanã com as lanternas dos celulares, promovendo um efeito visual incrível) feitas e entregues (para o público de 70 mil pessoas) pela Bonus Track, produtora dos nove shows em solo brasileiro, incluindo a performance surpresa no Clube do Choro.

Postar um comentário

3 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.
  1. Meu vigésimo show e ainda quero mais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Te entendo, por aqui 12 shows e ainda quero mais!!

      Excluir
  2. Ótimo relato! Estive lá, nos dias 07 e 09, e foi mesmo assim!

    ResponderExcluir