O rock ‘madchesteriano’ do projeto shaun em novo EP, "Atraso Marcado"

O projeto shaun, do artista porto-alegrense João Carneiro, disponibiliza hoje (29) o EP Atraso Marcado, contendo quatro faixas acompanhadas de “lyric clipes”, como João apelidou os vídeos. A produção do álbum é assinada por Jojô (Tagua Tagua), e a distribuição pela Tratore. Ouça aqui e assista à playlist dos vídeos aqui. O trabalho, registrado no estúdio Legato, em Porto Alegre (RS), traz para o primeiro plano a sintonia entre João e Jojô, que trabalham juntos desde 2014, quando Jojô produziu o primeiro single da Bordines, ex-banda de João. Além de dividirem inúmeras referências musicais, a dupla também conseguiu amadurecer o necessário para o projeto se solidificar. “Montamos os equipamentos nos primeiros dias e deixamos lá. Uma sala só nossa, o que nos deu bastante liberdade”, revela João, que também comenta sobre a dificuldade em conciliar a composição e gravação do álbum com seus trabalhos paralelos: “Eu tenho outro trabalho além da música e o Jojô fazia outros trampos também. Não tínhamos o dia inteiro, precisávamos aproveitar os horários disponíveis e quase sempre sobrava das 20h - às 4h. No dia seguinte, era complicado acordar pra trabalhar no meu outro trabalho. Passei mal por alguns dias, dormindo em média 3 horas por noite”, pontua João. Encarei esse EP com uma lupa pra dentro do universo do João. Tem tudo que eu conheço das coisas que ele gosta, desde Tropicália a Beastie Boys, passando por todo britpop, Planet Hemp e por uma geração nova de rap - tudo ao mesmo tempo com um discurso muito afiado e contemporâneo. Ora olhando pra sociedade, ora olhando para si, vindo de alguém que sempre está observando coisas que às vezes passa despercebido para a maioria das pessoas”, revela Jojô sobre o processo de produção da obra.


Lucas Juswiak foi responsável pelas fotos de divulgação do EP, e também pela arte que estampa a capa do disco, desenvolvida a partir de registros feitos por João e sua companheira, Giulia Calloni, enquanto o artista habitava temporariamente a casa de praia da família no litoral gaúcho. “Em um dos dias a Giulia levou uma câmera analógica, e gastamos um filme durante o final de semana. Saíram algumas fotos que achei que de alguma maneira tem ligação com toda a ideia do álbum. A partir disso, o Lucas juntou duas dessas fotos e fez essa colagem/montagem maluca, cheia de transparência. A foto da Plataforma Marítima de Atlântida foi tirada por mim, e a minha sentado na sala da casa de praia foi tirada pela Giulia”, revela João.

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