Músicos do CPM22 lançam a gravadora Repetente Records; Primeiro lançamento é dia 22 e por aqui vocês já podem conhecer algumas bandas do casting

Foto: Andreza Cena

A famigerada ‘experiência musical’ de bandas e artistas, com acúmulo de anos – ou décadas – de trabalho na música, pode e deve ir além dos palcos ou no que se escuta num CD ou vinil. Melhor ainda é quando aprendizados e atalhos são compartilhados, aliás, um dos tantos pontos de partida para três integrantes da influente CPM 22 – Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher – criarem a Repetente Records, um novíssimo selo discográfico inicialmente focado em rock, punk rock e street punk.

 

A Repetente Records surge para fortalecer o rock/punk rock em parceria com uma das maiores distribuidoras de música digital do mundo, a inglesa Ditto. E quando? O selo será oficialmente lançado no dia 20 de abril, em São Paulo capital. 

Dois dias depois, 22 de abril, o primeiro lançamento chega às plataformas de streaming, a música O que é bom pra mim?, do quarteto paulistano de punk rock Ganggorra (a primeira música da carreira).

 

A gênese e a história do CPM 22 têm tudo a ver com a Repetente Records: banda e selo são formados por pessoas apaixonadas por música, sempre dispostos a experimentar e desbravar o novo.

 

Contextualizando: o CPM 22 foi a primeira banda a se apresentar no Hangar 110, histórica casa de shows em São Paulo para o rock e principalmente punk rock, um estilo que será destaque na atuação da Repetente Records. Além disso, o CPM foi quem – da cena punk/hardcore nacional – furou a bolha do underground e entrou no mainstream, chegando a diversas plateias e contrato com uma grande gravadora.

 

E este é o caminho que a Repetente busca fortalecer e oferecer às bandas do selo. O trio vai se empenhar com as respectivas experiências na indústria musical com suporte e estrutura para facilitar lançamentos, distribuições e divulgação na mídia. A consequência, sem dúvida, será o consequente crescimento e exposição de bandas novatas e até mesmo veteranas de um estilo que eles, através do CPM 22, pavimentaram desde a década de 1990.

 

Por trás do nome Repetente Records

 

O nome tem tudo a ver com perseverança e persistência na música, praticamente um mantra para Badauí, Phil e Ali, seja no CPM 22 como nesta nova empreitada.

 

Repetente tem a ver com a rebeldia contra padrões. Na escola, muitas vezes o aluno “repetente” é aquele que não se encaixa nos moldes. Ele repete não por incapacidade, mas por não ligar, não se interessar pelas mesmas coisas ou por estar enfrentando problemas maiores e mais urgentes fora da escola. Em vez de copiar a lousa, ele está sempre criando - fazendo desenhos, escrevendo rimas, bolando planos, fantasias impossíveis, se divertindo com uma realidade menos careta e injusta. Por isso, tem tudo a ver com o punk, o rebelde, aquele que questiona, se revolta, que segue suas convicções com paixão, sem medo de não estar adequado ou receber a reprovação da sociedade. Aquele que faz as coisas do seu jeito.

 

Repetente Records também é sobre insistência e independência. A repetição, com o ciclo “tentativa, erro, aprendizado e recomeço”, é a base da vida do autodidata, do apaixonado por uma atividade ou objetivo. Na música isso é uma realidade ainda mais forte, principalmente no rock. Todos que sobrevivem neste meio se apoiam na paixão pelo que fazem e vivem da repetição nos ensaios, shows, na insistência de se tornar cada vez melhor e mais resiliente.

 

Casting da Repetente

 

Quatro bandas – com discos finalizados ou em produção – já começam a trilhar junto à Repetente Records neste início de operação. 

Os primeiros lançamentos serão das paulistanas Anônimos Anônimos (@anonimosanonimosclub), Faca Preta (@facapreta), Fibonattis (@fibonattis) e Ganggorra (@ganggorra).

 

O que nomes de respeito do rock falam da criação da Repetente Records

 

Marcão, fundador do histórico Hangar 110, cujo palco foi inaugurado pelo CPM22:

 “Foi com muito entusiasmo que recebi a notícia do lançamento do Selo Repente Records. Um dos motivos é quem está por trás do projeto, Badaui, Phil e Ali. Os caras tem uma vivência enorme nesse universo de banda, sabem como funciona, sabem dos perrengues de quem tá começando e com certeza vão pavimentar esse caminho para projetos novos.

Se voltarmos algum tempo, anos 90 e 2000, os selos foram fundamentais para o aparecimento de várias bandas, não só como um canal de lançamento do trabalho do artista, mas por inseri-lo no mercado de shows. Os selos foram os grandes responsáveis pelo intercâmbio de bandas pelos estados. Lembro de festas produzidas por selos que traziam bandas do próprio cast, de diversas cidades para tocar no Hangar, ali começava a troca de informações. Uma banda levava a outra pra tocar em sua cidade e assim foi fomentando um mercado.

 Sei que essa ideia vem de muito tempo atrás e lembro como se fosse hoje quando o Badaui veio me falar que queria lançar um selo. Acho que tudo tem seu tempo e que agora o mercado está precisando mais do que nunca dessa iniciativa. É uma grande luz no fim do túnel”

 

Gastão Moreira, jornalista musical, ex-VJ da MTV e comandante do canal Kagazastão:

 "Em meio à anemia cultural que nosso país enfrenta, os músicos Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zhander uniram-se para lançar uma nova gravadora, a Repetente. O objetivo é dar espaço para bandas novas na estrada, tem qualidade, mas carecem de espaço para divulgar sua música. Essa é a típica empreitada motivada pelo amor à música dos seus fundadores. Tenho total respeito por aqueles que não se acomodam. É isso que diferencia quem está nessa por dinheiro e quem está nessa de verdade, por filosofia de vida. Longa vida à Repetente Records.”

Clemente Nascimento, do Inocentes e Plebe Rude, um dos pioneiros do punk rock nacional:

 “Uma notícia super bacana e importante para toda a galera independente. A galera da Repetente Records tem experiência notável e vai ajudar quem está começando. Que notícia ótima!”.

 

Quem é a Repetente Records

 

Badauí:

46 anos, natural de São Paulo (SP), é cantor e compositor brasileiro, famoso nacionalmente com o seu trabalho como vocalista da CPM 22, na banda desde 1996.

É um dos proprietários da rede de bares Cão Véio, que tem também como sócio Henrique Fogaça. com atualmente com seis unidades e que segue expandido pelo Brasil. Ao longo da carreira, já foi patrocinado e licenciou o sobrenome e nome artístico Badauí para diversos produtos relacionados ao seu estilo de vida.

Sua vida inteira está ligada aos esportes de ação, como skate, surf, snowboard, e toda esse universo de contracultura. É praticante de Muay Thai desde 2013, graduado pelo atleta de MMA profissional Lucas Mineiro (UFC e Brave).

 

Phil Fargnoli:

42 anos, natural de Belo Horizonte (MG), guitarrista, vocalista, arranjador, compositor, engenheiro de audio formado no IAV, bacharel formado em comunicação social pela universidade Uni-BH e produtor musical.

Com uma experiência de 27 anos na cena musical, já se apresentou em cerca de 2000 shows nacionais e internacionais. Integrou bandas como Dead Fish, Reffer, Zander, Mr. Rude e atualmente no Cpm22.

Como produtor musical, trabalhou nos estúdios Mega, El Rocha, Artmix, Tambor, The Tone Factory, Sunrise, Estúdio 44, Gênesis, Costella, Superfuzz, gravando dezenas de álbuns.

 

Ali Zaher Jr:

34 anos, natural de Araraquara (interior de SP), baixista, guitarrista, vocalista, compositor, engenheiro de áudio formado no Recording Workshop (Chilicothe, Ohio/EUA) e produtor musical.

Músico ativo no cenário independente desde 2000, tocou nas bandas Reffer(baixo/backing vocal) Mudhill (baixo e voz), Everglade (voz e guitarra), Gagged (guitarra e backing vocal), Eletrofan (baixo, violão, synths e backing vocal - banda com que fez tour na Alemanha com a banda alemã Tusq), entre outras bandas da cidade de Araraquara e da região. Atualmente no baixista e backing vocal no CPM 22 e Dharma Numb.

Como engenheiro de áudio e produtor, já trabalhou com várias bandas de renome nacional e internacional, como CPM 22, Zander, Tusq (Alemanha), E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, Eliminadorzinho, Nã, entre outras.

Proprietário do estúdio Sunrise Music, em Araraquara, onde já gravaram bandas e artistas como Dead Fish, Bayside Kings, Bullet Bane, Júlio Fejuca, Cléber Shimu, Savant Inc, entre outras.

Foto: Vini Cerchiari

Quatro jovens, entre 21 e 24 anos, há pouco menos de cinco anos decidiram que a diversão na garagem com instrumentos musicais tinha vigor para ser um projeto musical, enfim, uma banda. Tão veloz e voraz como a juventude então nasceu o Ganggorra com seu punk rock enérgico e empolgante, que estreia com o single ‘O Que é Bom Pra Mim?’.

Ouça aqui a partir do dia 22 de abril: https://ditto.fm/o-que-e-bom-pra-mim.

Não apenas a primeira música do Ganggorra, mas como também o primeiro lançamento do selo Repetente Records, um braço da Ditto que é idealizado por Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zhander, três experientes músicos do CPM22, alguns ainda exímios produtores.

‘O Que é Bom Pra Mim?’ é um punk rock com riffs pegados e um refrão marcante, melódico. A estrutura ganha força com solos e batidas absolutamente em conexão com cada momento da canção. O próprio CPM22 e Dead Fish são referências na sonoridade deste single.

Na letra, o personagem conversa consigo mesmo na tentativa de descobrir o que é bom para si. Alça dúvidas, aflições, amores, alegrias e desejos para traçar seus passos no dia a dia. Apenas uma entre muitas interpretações, é claro.

Ganggorra foi formado em 2018 na cidade de São Paulo e hoje é Pedro Marks Pimentel (Vocal/Guitarra), Filippo Guizardi (Guitarra), Gustavo Couto (Baixo) e Caio Delafiori Frison (Bateria). Hardcore, Punk, Grunge e até Heavy Metal são os principais estilos que inspiram a banda.

A banda surgiu numa garagem, durante momentos em que amigos de colégio se reuniam para tocar músicas de ídolos do rock. Mas a inquietude, uma das características na essência do Ganggorra, levou os meninos para o campo do rock autoral.

‘O Que é Bom Pra Mim?’ faz parte da demo que a banda apresentou à Repetente Records, que ainda contava com mais três faixas. De lá pra cá, Ganggorra compôs mais diversas músicas que serão lançadas em parceria com o selo.

“Focados principalmente em dar seguimento a um movimento construído por muitos dos nossos ídolos e tentar espalhar, através de nossas músicas, um pouco mais da cultura do rock entre as gerações mais atuais”, contam os meninos do Ganggorra.  

Saiba mais sobre a banda: https://www.instagram.com/ganggorra

Parceiros do Ganggorra: Couraça Filmes (@couracafilmes), A77 (@a77lab), Converse Br (@converse_br) e More Core Division, MCD (@mcd_brasil).

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.