Carmem Red Light evoca a entidade Maria Mulambo em videoclipe recente

Após o polêmico lançamento do vídeo de Faith No More, a artista transgênero Izabella Ricarte,  que atua na música com o alter ego de Carmem Red Light, estreia seu novo videoclipe. Ela é Mulambo é a segunda faixa do  EP de estreia You Can Shoot But Who’s Kill is God a ganhar videoclipe. A compositora paraibana, radicada na Inglaterra, assina a direção e o roteiro de mais um trabalho gravado nas ruas de Londres.


Clipe


A entidade da Umbanda, Maria Mulambo, foi a inspiração para desenvolver a trama do novo vídeo da compositora: "O processo de criação foi baseado nas minhas experiências com as religiões afro-brasileiras e suas vertentes", explica Carmem. Com cenas gravadas no badalado bairro Soho, tradicional na cena gay noturna da cidade, o clipe mostra a protagonista perdida nas ruas e também interagindo em uma casa de fetish, divagando em uma realidade paralela onde o mundo tridimensional habitado por seres humanos se difunde com o plano espiritual.


Mantendo o mesmo tom sombrio e provocador de Faith No More, Carmem abusa de referências do mundo obscuro de Marilyn Manson e Jogos Mortais, em cenas que mais uma vez, pautam a religiosidade e instigam a curiosidade do envolvente mundo da multiartista.




Sobre o EP


You Can Shoot But Who’s Kill is God, primeiro EP da artista, foi lançado ano passado e traz quatro músicas que apresentam o universo de Carmem de forma bastante direta. “Eu sou um espírito da noite e gosto de tudo o que a escuridão me dá: fumaça, brilhos, becos, ruas vazias, encruzilhadas. Gosto de perceber a beleza que existe no obscuro, no oculto, naquilo que ninguém enxerga”, afirma. 


Começando com Faith No More, uma crítica direta ao conservadorismo religioso, depois vem The Morning Star, “que é como se fosse o meu nascimento, a minha chegada”, seguida de Mary Rag, que faz uma homenagem à Maria Mulambo, “entidade da Umbanda, Quimbanda e da Jurema Sagrada, que eu admiro muito. A música conta a história de vida e morte dela”, contextualiza. Para fechar, ela segue homenageando a entidade em Ela É Mulambo, que resgata e faz saudação à Exu Marabô e à Pomba Gira, grandes representações de tradição religiosa africana, inspiração máxima para Carmem.


 

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