Os melhores shows nacionais com cobertura do site em 2018

Apesar da quantidade inferior do que 2017, estivemos em diversos shows nacionais durante o ano de 2018, como os 10 anos de Non Ducor Duco, Vanguart com interpretação em libras, Fresno na Ópera de Arame, Arnaldo Baptista fazendo show (e também sendo homenageado), Lucas Silveira fazendo show solo, além de uma tarde tropicália no João Rock. 

Como diversos redatores estiveram presentes nos shows, essa lista não segue necessariamente uma ordem de "qualidade", como se fosse um ranking, mas tendo as resenhas alternadas entre cada uma das pessoas que cobriram os respectivos shows.


VANGUART AUDITÓRIO IBIRAPUERA


Com ingressos esgotados em uma semana e interpretação libras, Vanguart se apresentou no Auditório Ibirapuera durante o mês de Agosto. Trazendo um setlist extenso, eles passaram pelos quatro discos de estúdio da banda, com novidades da versão Deluxe de Beijo Estranho e homenagens rolando durante o show.


Aniversariante da semana, o disco Boa Parte de Mim Vai Embora também foi lembrado com Nessa Cidade, antes de apresentar para boa parte do público (já que o debut ao vivo foi mês passado) a primeira música de Fernanda Kostchak assumindo o vocal: Me Pega.


No 'bis do bis', o público que ainda não tinha assistido show no Auditório Ibirapuera (pois creio que isso é comum da casa) ganhou um presente lindo visualmente, quando a parede branca dos fundos do palco se abriu e o plano de fundo foi trocado pelas árvores do Parque Ibirapuera.

Nós acompanhamos shows da Vanguart há cerca de três anos, nos formatos e projetos mais variados possíveis. Extenso repertório, novidades nele, homenagens e a 'chave de ouro' do plano de fundo citado acima, são algumas das razões para esse ter sido o show mais lindo que assisti deles.

Texto por: Elio Sant'Anna

KAMAU
Em janeiro, estivemos na celebração de 10 anos do disco Non Ducor Duco, do latim, "não sou conduzido, conduzo", foi o lema escolhido para o primeiro álbum solo do Kamau. O nome era pra ser outro, mas o acaso fez a mudança acontecer. Há 10 anos, Kamau tinha o sonho de um disco que ele sabia como começaria e terminaria. Conversando com ele pós show, o que ficou claro para nós, é que ele queria ter orgulho do disco no qual ele colocou suor e lágrimas para acontecer - e conseguiu.



Texto por: Milena Kreutzfeld


FRESNO ÓPERA DE ARAME
Sábado foi um dia repleto de surpresas, tanto para os fãs da Fresno quanto para a própria banda, que gravou cada detalhe audiovisual do show inédito em Curitiba, levando para a cidade a turnê Natureza Caos e fazendo surpresa para muitas fãs, já que, apesar de ter sido feita divulgação da gravação nas redes pessoais de cada membro da banda, ela não foi feita na rede profissional, que causaria um alvoroço bem maior do que já foi normalmente.

Com o apagar das luzes, toda a Ópera de Arame foi abaixo, gritos de fãs e muitos celulares preparados, todos apontados para o palco principal, enquanto rolava um instrumental de aproximadamente 3min, até toda a banda subir no palco e executar os primeiros acordes de A Minha História Não Acaba Aqui, seguindo com Redenção (faixa-título do único disco de ouro da banda) e Acordar, que traz em destaque toda a qualidade vocal do Lucas e o público (a essa hora já sabendo que estavam sendo gravados) cantar mais alto e forte do que já estavam nas faixas anteriores.


Nascendo de uma frustração, por conta de não terem conseguido realizar uma homenagem no show anterior deles em Curitiba, a surpresa da noite foi A HOMENAGEM, durante Natureza Caos, faixa-título da turnê, o público trouxe uma surpresa comum de ver em shows internacionais, mas raríssima de ver em shows nacionais: Bexigas vermelhas, pretas e brancas (sendo essas iluminadas ainda com celulares) tomaram conta de toda a Ópera de Arame, recebendo elogios diversas vezes do Lucas, Guerra e companhia (durante o show), de outras pessoas do backstage da banda (após o show) e até mesmo pessoas de outros estados ficando arrepiadas só de ver o vídeo, que pode ser visto abaixo.



Texto por: Elio Sant'Anna

BIA FERREIRA
Acompanhamos duas apresentações de Bia Ferreira, um dos maiores e melhores nomes revelações de 2018, durante as comemorações do dia da mulher deste ano. Com uma voz forte, Bia nos instiga, questiona e conversa sobre as diferenças, lutas sociais e também sobre amor. Mas em sua essência e na sua jornada como artista e mulher negra, viu que tinha a oportunidade de ter um microfone e falar por aqueles que não têm voz.


Texto por: Millena Kreutzfeld

LUCAS SILVEIRA


Anunciado uma semana antes, a raridade de um show do Lucas (o último foi em 2012), fez os ingressos chegarem até o 4º lote e, unido com o público de Jef, lotarem o Z no penúltimo Domingo do ano.

Se Jef montou um repertório bonito, com o público acompanhando seu tom vocal diversas vezes e ele ainda levando Lucas para o palco em algumas músicas, Lucas montou um rascunho de setlist pelo celular, mas que não foi levado a risca, pois ele mesmo não lembra o que tocou, nem quantas músicas e a magia é exatamente essa: tocar o que quiser (Pela Vida Inteira - com bar e cadeira montada no palco, após ideia que rolou no backstage - e uma versão de Evidências), como quiser e até mesma errar caso não esteja ensaiado.

Para se ter ideia, o show começou My Way (Frank Sinatra) e arrancando aplausos do público não somente nesta música, mas também em faixas como Come and Go, Victoria Indie Queen, Cookies, Save Me, Mr. Confusion, Lovers Are In Trouble e Go On, todas presentes no repertório de Beeshop e que fizeram o público sair realizado, principalmente quem nunca tinha ouvido ao vivo ainda.

Do projeto Visconde, Asma foi uma das escolhidas, no show que ainda teve Penny, 6h34 e a participação de Guerra em Diga, Parte I (Visconde), que logo  foi emendada com a Parte II (Fresno). Da Fresno, também entrou no repertório Seis, O Ar, Maré Viva e De Verdade, lançada como single dia 13.



ARNALDO BAPTISTA
Em maio deste ano, o ex-Mutante nos presenteou com o Sarau o Benedito?, que foi uma mini-temporada de 3 dias, que ocorreu entre os dias 17 e 19 desse mês e teve como intuito, fazer Arnaldo revisitar sua obra em uma apresentação solo, cantando e tocando um piano de cauda enquanto suas obras eram projetadas como vídeo cenário. Cada dia de espetáculo teve entrada gratuita e a presença de 120 pessoas - das mais variadas faixas etárias -, que era o limite do hall da Caixa Cultural. 



Texto por: Millena Kreutzfeld


PITTY JOÃO ROCK
Trazendo aquele ar de nostalgia para o público, show que iniciou com Admirável Chip Novo (faixa-título do disco mais marcante da Pitty e que completou 15 anos em 2018), seguindo com Memória e I Wanna Be (também presente no Admirável Chip Novo) e trazendo também Sete Vidas, música presente no disco mais recente da artista. 


Após a trinca Me Adora, Equalize e Na Sua Estante, tivemos o momento mais aguardado do show (e de mais surpresa, para quem não sabia da novidade): A reunião de Pitty, Emmily Barreto (Far From Alaska) e Tássia Reis para a estreia ao vivo de Contramão, música que teve clipe lançado na última terça-feira. Mas as surpresas não pararam por aí, antes da maior novidade do dia, Pitty gravou o clipe de Te Conecta, música que deverá estar no próximo disco da banda e vocês poderão assistir ela separadamente logo abaixo.

 

Texto por: Elio Sant'Anna


CAETANO VELOSO (OFERTÓRIO) - João Rock
Em junho, o show de Caetano Veloso com Moreno Veloso, Tom Veloso e Zeca Veloso, mostrou o quão lindo, poético e musical pode ser a união de pai e filhos. Cumplicidade e risos marcaram presença nessa turnê, chamada de Ofertório - música que foi criada para a missa de 90 anos da sua mãe. A turnê, além de trazer as lindas composições de Caetano e seus filhos, assim como a estreia de Zeca Veloso em um festival, serve como "desculpa" para que os filhos fiquem por perto.



Texto por: Millena Kreutzfeld


GABRIEL O PENSADOR JOÃO ROCK
Gabriel, o Pensador agitou todo mundo logo no começo, com Matei O Presidente (que completou 25 anos em 2017, ganhando uma reedição na letra, dedicado ao governo atual e citando nome de Temer, que possui referências claras ao Bolsonaro), e recados que seguem em Filha da Puta e Chega. 


Na música Linhas Tortas, um fã subiu no palco, se incorporou na presença de palco de Gabriel e dividiu o vocal da música inteira, até parecendo que ele era membro fixo da banda, ganhando elogios do Gabriel e palmas do público. Depois do Raimundos homenagearem Charlie Brown Jr, foi a vez de Gabriel, o Pensador, que junto com Mari Nolasco, cantou o hit Zóio de Lula e a parceria entre os dois seguiu em Fé Na Luta

Gabriel O Pensador 

Encaminhando pro final, sucessos como Surfista Solitário, 2345meia78 e a revoltante, mas verdadeira, Até Quando, encerraram o show, que teve o seguinte setlist.

Texto por: Elio Sant'Anna


GROSS
No mês de Julho, o CCSP fez a celebração ao mês do rock, e na última noite do mês, recebeu o GROSS Power Trio. 


Com setlist definido, terno e gravata alinhados, Marcelo subiu para o palco com a sua nova dupla dinâmica: Eduardo Barretto e Alexandre (Papel) Loureiro. O entrosamento tem mostrado mais sobriedade e energia do grupo. 20h em ponto, todos em suas posições e assim, Reconstruindo a Cidade deu o tom da noite, que focou na parte Chumbo de seu último disco. Entre o público, o mais variado tipo: fãs de Cachorro Grande, amigos do trio, pessoas que não conheciam o trabalho solo de Marcelo e entusiastas do rock nacional. A noite, apesar de agitada com dois estilos diferentes, deu a sensação de passar rápida. O trio ficou satisfeito pela noite.