ANÁLISE - Robots At Midnight: A mescla entre RPG de ação e ficção científica em um Soulslike que foge dos padrões de estética dark


Recentemente, tivemos a oportunidade de conferir Robots At Midnight, jogo publicado pela Snail Games USA e desenvolvido pelo estúdio independente Finish Line Games, fundado em 2013, com sede em Toronto (Canadá) e cujo objetivo principal é criar jogos únicos, atraentes e que deixem os jogadores entusiasmados em pegar o controle e mergulhar nos mundos criados. 

O jogo foi lançado para Steam/Xbox em Junho está disponível para PS5 hoje (28).

INTRODUÇÃO E SINOPSE
Um desses mundos é Robots At Midnight, onde os jogadores assumem o papel de Zoe, personagem que está à procura de seu pai no planeta Yob, local que todos os habitantes robóticos estão fora de controle após um apagão global. Ao longo da jornada, você enfrentará gangues de robôs corrompidos, chefes colossais e descobrirá segredos há muito enterrados sobre o planeta em questão.

Logo ao iniciar o jogo, podemos escolher entre dois modos de dificuldade: Hero (ideal para quem busca focar na narrativa e exploração, perfeito para iniciantes no gênero Soulslike) e Master (pensado para já conhece o gênero citado anteriormente). No menu principal, há também opções para consultar o mapa de controles, ajustar brilho, volume, sensibilidade da câmera, profundidade de campo e até ativar ou desativar tutoriais, entre outros. 


GAMEPLAY
Seguindo a tradição de títulos do gênero, os comandos principais são intuitivos: R1/R2 para ataques leves e pesados, bola para esquivar, direcionais para alternar e utilizar itens, acionar a lanterna ou habilidades especiais, além do uso do MITT, uma manopla espacial multifuncional que se destaca como uma das peças-chave da jogabilidade. Com ela, é possível executar socos devastadores, criar campos eletromagnéticos, disparar raios laser sobrecarregados e até ganhar propulsão extra. 

Sobre os modos de ataque e o uso do MITT, o ataque leve apresenta um bom sistema de resposta, enquanto o ataque pesado e o MITT exigem mais estratégia, já que são mais lentos e devem ser usados na distância certa, mas recompensam com um nível maior de letalidade. Já o uso dos raios lasers são um grande recursos para superarmos os inimigos com mais facilidade, usando ele em conjunto com um sistema de esquiva que funciona com rapidez e permite com que soframos o menos possível de danos enquanto o raio laser está carregando. 

Além disso, vamos ganhando novas habilidades ao longo da jogatina, incluindo se lançar sobre inimigos, planar pelo ar, destruir robôs de forma dinâmica e de grande impacto, bloquear ataques, dar salto duplo/atacar 2 a 3 alvos simultaneamente com o MITT, entre outros. 
Esses updates ao longo da gameplay nos ajudam a ultrapassar chefes brutos esferoidais, drones irritantes, robôs parecidos com zumbis, guerreiros empunhando espadas, que jogam bolas explosivas, entre outros nos chefes acabamos tendo algo característico dos jogos Soulslike: Aprender os padrões e aprender com nossos erros, com o nível de dificuldade das batalhas se tornando mais fácil ao longo da aprendizagem.



VISUAL E TRILHA SONORA
Em Robots At Midnight, nós temos um visual e trilha que foge completamente daquele padrão "dark" dos jogos Soulslike, tendo uma estética totalmente animada, vibrante e com cores vivas, enquanto sua trilha sonora se destaca pela calmaria, se contrapondo completamente com o estilo do jogo, mas dialogando com sua estética visual, sendo atraente para jogadores mais jovens, o que se reflete também na classificação indicativa de 12 anos e está aliada ao nível de dificuldade citado anteriormente e que também poderá agradar jogadores que nunca se aventuraram pelo Soulslike.

Durante a campanha, visitamos locais variados: instalações industriais abandonadas, um parque temático em ruínas, praias com pôr do sol deslumbrante, colinas iluminadas pela luz do dia e canais subterrâneos repletos de pichações. Tudo isso se une a uma paleta cromática que passeia por tons de rosa, neon e merece destaque ao criar cenários visualmente impactantes tanto sob a luz do sol quanto em ambientes noturnos.


DURAÇÃO
A duração de Robots At Midnight pode variar bastante, dependendo da dificuldade escolhida, do grau de familiaridade do jogador com o gênero e do estilo de progressão adotado, seja avançando direto na história ou explorando cada canto do planeta Yob.

No modo Hero (fácil), jogadores mais experientes conseguem concluir a campanha principal em aproximadamente 5 horas, seguindo de forma direta pelos objetivos. Já aqueles que preferem jogar de forma mais cautelosa, explorando cada detalhe do cenário ou estão se acostumando com o estilo de combate, podem levar até 8 horas para finalizar a jornada. Esse ritmo mais lento permite absorver melhor a ambientação, compreender as mecânicas e aproveitar segredos espalhados pelo mapa.

No modo Master (difícil), a experiência muda de tom, com o player necessitando usar mais de sua estratégia de combate e maior domínio do sistema, podendo estende a duração para 10 horas ou mais

Outro ponto importante a considerar em ambos os modos é o sistema de checkpoints. As mortes sempre retornam o jogador a um ponto anterior, que pode variar bastante em distância. Em alguns trechos, a volta é curta e pouco punitiva, mas em outros pode representar vários minutos de progresso perdido. Eu mesmo tive uma experiência em que, após morrer em combate, precisei refazer cerca de 5 minutos de gameplay, algo que pode ser frustrante, mas também nos faz aumentar o cuidado e redefinir nossa estratégia após cada confronto.

Como incentivo extra à rejogabilidade, ao finalizar a campanha pela primeira vez é desbloqueado o modo Sobrevivente. Nele, as opções de cura e as viagens rápidas são limitadas, um novo nível de desafio e que prolonga a jogatina.


TROFÉUS 
Para os caçadores de troféus e conquistas, o jogo oferece 32 objetivos (e a platina, no PS5) que vão muito além de simplesmente concluir a história. Entre eles, estão desafios como derrotar todos os chefes, finalizar a campanha tanto no modo Hero quanto no Master, realizar a primeira melhoria em uma arma, evoluir itens como jaqueta, MITT e demais equipamentos até o nível máximo, abrir todos os baús espalhados pelo mapa e localizar cada uma das fogueiras do jogo.

Há também conquistas curiosas e divertidas, como conversar com todos os NPCs, eliminar cinco inimigos de uma só vez com um único ataque ou até derrubar um adversário de um penhasco. Esses objetivos adicionais garantem várias horas extras de jogatina para quem busca platinar ou alcançar os 1000G, após ter zerado o jogo pela primeira vez ou sem seguir nenhum tipo de tutorial (mas para aqueles que gostam de conquistar uma ajudinha, ela está aqui ou aqui).




CONCLUSÃO

Robots At Midnight não tenta reinventar o Soulslike, mas constrói sua identidade unindo elementos conhecidos do gênero a toques próprios, como o uso estratégico do MITT e a variedade de habilidades desbloqueáveis. Com um ritmo de combate que pode ser mais acelerado ou estratégico, dependendo do estilo de ataque que usamos e duração que pode variar bastante (dependendo do nível que está jogando e de onde o player morreu na jogatina), o game tem uma experiência equilibrada entre o desafiador e o acessível, enquanto sua progressão satisfatória nos permite continuar avançando e descobrindo o que mais o planeta Yob guarda.

Fugindo do padrão "dark" presentes nos jogos Soulslike, esse é um jogo que chama atenção pelo estilo artístico, com sua estética sendo parte fundamental da gameplay e da premissa por trás da história, convidando tanto veteranos quanto novatos a explorarem Yob, seja pela campanha principal, pelos modos extras ou pela caçada aos troféus.

Não é uma aventura longa, mas é condizente com seu preço (R$ 60 na SteamR$ 74,95 para Xbox ou R$ 114,90 no PS5), além de ser divertido e com personalidade suficiente para prender a atenção até o último chefe.

A cópia digital do jogo foi disponibilizada para fins de review, feito diretamente do Playstation 5

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Ads Area