ANÁLISE - Lost Twins II: A mágica dos puzzles solo/co-op com a alma de um livro ilustrado chega aos consoles e PC


Tivemos a oportunidade de conferir Lost Twins 2, jogo desenvolvido e publicado pela 
Playdew, um estúdio paquistanês de jogos independentes cujo desafio é criar experiências que desafiem, entretenham e inspirem os jogadores, além de incentivar a próxima geração de criativos do Paquistão ou de diversos locais do mundo.

INTRODUÇÃO E SINOPSE
Logo ao iniciar, a proposta é direta: jogar sozinho ou em modo cooperativo para dois jogadores. Sem telas intermediárias, o game mergulha você na ação imediatamente. O menu minimalista prioriza a jogabilidade, deixando de lado opções avançadas de vídeo, áudio ou controles, mas inclui um mapa claro com todas as funções, que incluem pular, abrir o mapa, trocar de posição e alternar entre personagens no modo solo.

Lançado hoje (14) para Steam, Xbox Series e PlayStation 5, o título marca a continuação de uma saga que teve início em 2014, originalmente disponível de forma gratuita para dispositivos Android e iOS. Esse primeiro capítulo pode ser visto como uma introdução ao universo e à mecânica central da franquia, servindo de porta de entrada para jogadores de consoles e PC, solo ou em co-op.


Nesta sequência, controlamos Abi e Ben, dois irmãos que precisam trabalhar em perfeita sintonia para superar desafios e atravessar mundos com diferentes temáticas, obstáculos e mecânicas únicas, não tendo diálogos ou textos explicativos, mas uma gameplay envolvente e direção de arte cuidadosamente elaborada. 

Antes das fases principais, somos apresentados a um tutorial onde ensinam como controlar cada quadro responsável pelo puzzle principal do jogo, que envolvem mudanças de posições do cenário, permitindo com que concluamos cada uma delas, com os irmãos perdidos se encontrando no final de cada uma.


GAMEPLAY
Para avançar por esses mundos, o(s) player(s) precisarão desvendar uma série de quebra-cabeças criativos, variados e bem pensados, incluindo mecanismos como comportas de água, domos quebráveis, elevadores ou até mesmo cogumelos gigantes como trampolins naturais e gafanhotos como avião para acessar locais mais altos, onde cada puzzle é projetado para ser único, evitando repetições cansativas e garantindo que cada desafio tenha seu próprio charme. 

Sem timers, inimigos ou mortes, o foco é exclusivamente o raciocínio e a observação, aliados a um trabalho de direção de arte que transforma cada tela em uma pintura interativa, convidando o jogador a completar cada detalhe visual.

Nas primeiras fases, os enigmas são simples, chegando a dar a impressão de ser um jogo voltado ao público infantil. Porém, à medida que avançamos, a complexidade cresce de forma gradual e natural, introduzindo novas mecânicas e exigindo raciocínios mais elaborados. Alguns puzzles podem demandar várias tentativas, nos fazendo "desligar o piloto automático" e repensar estratégias.

Um exemplo disso foi o nível XI (último do primeiro mundo), que levou mais tempo que o esperado. Numa segunda tentativa, vimos que o problema era a chateação por não estar conseguindo passar e o puzzle acabou sendo resolvido com certa facilidade.


Fazendo uma mescla entre 
o desafiador e o relaxante (seja pela gameplay, arte ou sua trilha), suas mecânicas que permitem a mudança a posição de elementos do jogo para avançarmos por novos caminhos. 

O resultado é uma experiência que pode ser descrita como “um livro ilustrado interativo”, repleto de páginas que se revelam a cada ação do jogador, e que pode ser desfrutada tanto sozinho quanto ao lado de um amigo, num verdadeiro exercício de cooperação e criatividade, enquanto desfrutamos de 33 fases e podemos pegar 99 penas coletáveis.


ARTE
O talento do estúdio vai muito além da criação de puzzles engenhosos e mecânicas bem pensadas, apostando numa arte feita à mão, inspirados por Miyazaki, mas sem abrir mão de uma identidade própria. Com cada quadro, técnicas de iluminação e detalhes riquíssimos nos fazem admirar e querer parar por alguns instantes apenas para observar toda sua arte. Essa linha artística ganha ainda mais poder com sua trilha sonora que resulta numa experiência imersiva de tirar o fôlego.



TROFÉUS
O jogo conta com 39 troféus, que variam de desafios simples a objetivos mais técnicos. Entre eles: completar fases com um personagem específico liderando, dominar níveis em poucos movimentos, coletar penas em tempo recorde ou finalizar o jogo inteiro de uma só vez. É um conteúdo extra que adiciona longevidade e incentiva a rejogabilidade.

Confira todas as conquistas 
AQUI!!

CONCLUSÃO 
Mostrando que grandes jogos e estúdios podem surgir de qualquer canto do mundo, Lost Twins II é a prova viva desse potencial. Ele entrega uma experiência capaz de equilibrar, com precisão, momentos relaxantes e desafios instigantes, sem jamais subestimar o jogador.

Apesar de sua estética aparentemente infantil e encantadora, o jogo é projetado para todas as idades, mesmo que em alguns momentos tenha um nível maior de dificuldade. Sua proposta se baseia na curiosidade e no prazer da descoberta, nos fazendo explorar o mapa e a pensarmos bem nas configurações dele para avançarmos ou como decifrar cada puzzle, enquanto somos envolvidos por uma direção de arte feita à mão e por um nível de detalhamento que chega a tirar o fôlego.

Mais do que um simples título de plataforma com puzzles, Lost Twins II se apresenta como uma verdadeira carta de amor ao gênero, resgatando a magia dos games que nos fazem por a cabeça para funcionar. É o tipo de jogo que desafia a mente sem deixar de aquecer o coração. 

A cópia digital do jogo foi disponibilizada para fins de review, feito diretamente do Playstation 5 e uma demo gratuita também está disponível para os jogadores experimentarem.

Steam: https://store.steampowered.com/app/1752540/Lost_Twins_2/
Xbox: https://www.xbox.com/en-us/games/store/lost-twins-2/9nh600hw7hdg
PlayStation: https://store.playstation.com/en-us/concept/10011224


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