CRÍTICA: Super Mario Bros é a aventura perfeita para os fãs


Há exatos 30 anos, chegava ao cinema uma adaptação que ninguém havia pedido. Super Mario Bros. Longa de 93, que adaptava um dos jogos mais populares do mundo. Com uma versão live action, os personagens realistas do mundo fantástico de Mario e Luigi, o longa ficou sem vida e até meio bizarro. Tanto que a obra caiu no esquecimento apenas para cair na programação das sessões da tarde e ninguém nunca mais falou sobre o assunto. E só pra constar, eu adoro esse filme até hoje.

2023 tem sido um ano marcante para a comunidade gamer. Menos de um mês atrás fomos presenteados com uma belíssima season finale da série Last of Us, da HBO que aparentemente redefiniu os parâmetros para se adaptar vídeo games para as telonas. A série pós-apocalíptica é densa, violenta, dramática e principalmente adulta. E foi completamente aceita e elogiada por fãs, cinéfilos e crítica.

Agora, do outro lado dessa moeda chegou às telonas o longa animado que adapta o clássico mais icônico dos videogames. Super Mario chega quase como uma contrapartida à Last of Us. Fofo, divertido, hilário, para família, e super colorido. E tão bem adaptado dos games quanto à série da HBO. 

Claro que não há como comparar as duas obras. Mas Super Mario é mais um respiro das famigeradas adaptações Hollywoodianas do games e Uncharted, Resident Evil da Netflix e Assassins Creed estão aí para provar a má fama dessas adaptações. 

O longa tem tudo o que os games dos irmãos encanadores sempre tiveram. Carisma, personagens icônicos, elementos que auxiliam os heróis, uma história simples, mas que traduz o tom e o humor do jogo. Nada complicado, e nem precisa. Os fãs de longa data e que ainda hoje acumulam horas a fio da edição mais recente do jogo, vão se regozijar em um banho de referências e piadas que já são memes na comunidade gamer. É o tipo do filme que terá que ser assistido mais de uma vez para pescar todas as pistas deixadas.

Com um elenco de peso formado por Chris Pratt (Mario), Anya Taylor-Joy (Peach) e Jack Black (Bowser), as aventuras do carismático encanador italiano ganharam uma adaptação que faz juz à fama da franquia e mais do que isso, quase tão divertida de assistir quanto é de jogar. Sem dúvidas é um acerto da Illumination, estúdio de animação pertencente à Universal Studios.

Além de adaptar o mundo hiper colorido de Mario, o longa transmite com eficiência a sensação de quase estar “jogando” o filme. As cenas de ação foram tiradas diretamente das diferentes fases e as regras desse mundo são regidas pelas mecânicas do jogo de forma coesa e prática. Junte isso à uma trilha sonora tão icônica quanto seu protagonista, e você tem a fórmula para arrepiar os fãs mais nostálgicos. Não tem como não se divertir.

Entretanto, o longa não deixa de ter alguns deslizes. A começar pela falta de um sotaque italiano nos irmãos na versão em inglês, o que foi alvo de críticas desde o surgimento do trailer. Alguns personagens icônicos que não poderiam faltar. E uma necessidade tão grande de tentar explorar o máximo possível de uma franquia com mais de 4 décadas de vida e mais de 200 variações de jogos lançados. Tudo isso em apenas 90 minutos de projeção. Impossível. Claro que muito ainda deve ser explorado em sequências, mas nunca se sabe.

O que se sabe, é que por mais que no mundo afora o longa esteja dividindo opiniões, Super Mario é um alívio bem sucedido na era dos super heróis. E mais que isso, mais uma redenção no terrível histórico de adaptações medíocres. Ao ver deste que vos escreve, Mario e Luigi devem pegar nas mãos de Joel e Ellie para redefinir os parâmetros de uma boa adaptação e com um pouco de sorte, trazer não apenas mais boas adaptações, mas boas sequencias. Estamos aguardando.

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