Resenha: SlipKnot - We Are Not Your Kind (2019)


O tão esperando "We Are Not Your Kind" será lançado oficialmente nesta sexta-feira, dia 9, lançado pela Roadrunner Records. Mas você pode conferir com exclusividade a resenha deste trabalho inédito, após um hiato de 5 anos. O sexto álbum é um registro surpreendente de metal extremo. É puro Slipknot - agressivo, com melodias bem trabalhadas e ótimo performance ao vivo. A banda mostra seu conhecimento de que o crescimento e evolução são necessários para prosperar, e isso os levaram a um momento de avanço musical.


Esté é o segundo trabalho de estúdio com o baixista Alessandro Venturella e o baterista Jay Weinberg. E o último com o percurssionista Chris Fehn, que gravou todo o álbum mas saiu antes do lançamento. Outro detalhe é que a música "All Out Life", lançada como single no último Halloween, não consta na tracklist do disco – mas convenhamos, que ela não fará tanta falta, em meio á tantas músicas boas.

Em entrevista, o vocalista Corey Taylor disse que o novo álbum é "pesado nos níveis de 'Iowa' (2001)". "Estou muito, muito animado com isso e eu falo com os caras do Slipknot o tempo todo. Falo com o Clown todos os dias, ou em dias alternados. Tenho conversado com Jim, V-man, Jay, Mick, Craig, Chris, Sid. Estamos todos muito animados. Está sendo preparado para 2019 - o que, estranhamente, é o 20° aniversário do nosso primeiro álbum", afirmou ele, na ocasião.



Quem acompanhou esses 20 anos de carreira, vai perceber a evolução do que foi aquela pequena banda de Iowa que usava macacões e máscaras baratas de terror e criaram algumas das músicas mais intransigentes imagináveis ​​e se tornaram uma das maiores bandas do mundo. Neste álbum, temos letras mais trabalhadas e profundas, resultado dos tempos difíceis que o vocalista Corey Taylor passou.

O ábum aborda uma história em uma estrutura experimental, embora não seja necessariamente um álbum conceitual. Possui três faixas curtas e instrumentais, "Insert Coin", "Death Because of You" e "What's Next" que são preenchidos com ruídos estranhos que quebram o ritmo frenético do álbum, introduzindo novos elementos de estranheza e horror - SlipKnot sempre criou ‘intros’ com ruídos estranhos em seus álbuns, mas não dessa meneira.



A ‘balada’ desse álbum fica por conta das faixas 'Spiders', uma melodia de piano com o  vocal vibrato de Taylor falando “todo mundo está um pouco amargo”, e  “A Liar's Funeral” que que possui melancolia, batidas fortes mesclada com lentindão e mudanças de ritmo. Em especial também indico as faixas 'Nero Forte' e o segundo single 'Solway Firth', bem ao estilo mecânico e do que é o SlipKnot. Não vou me estender em falar faixa por faixa, deixo para você ouvirem por contar, mas garanto que todas são dignas de um grande álbum de metal.

Com o “We Are Not Your Kind”, o Slipknot fez mais do que jogar com seus pontos fortes, eles ampliaram seus parâmetros, levando a banda em direções musicais que eles anteriormente apenas sugeriam. Esse disco vai mais além do que tudo que você já escutou de SlipKnot. Eles motraram que evoluíram, mas de alguma forma permaneceram fiéis ao seu núcleo, à medida que tudo à sua volta (e até mesmo a sua formação) mudou. É a mesma banda de 20 anos atrás, mais experiente, eficaz e igualmente embriagada de raiva.





Faixas:

1. Insert Coin
2. Unsainted
3. Birth Of The Cruel
4. Death Because Of Death
5. Nero Forte
6. Critical Darling
7. Liar’s Funeral
8. Red Flag
9. What’s Next
10. Spiders
11. Orphan
12. My Pain
13. Not Long For This World
14. Solway Firth



Formação:

Sid Wilson  (DJ)
James Root (guitarra)
Craig Jones (sampler)
Shawn Crahan (percussão e vocal de apoio)
Mick Thomson (guitarra)
Corey Taylor  (vocais)
Alessandro Venturella (baixo)
Jay Weinberg (bateria)