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Já havia se passado 15 anos, além um cancelamento de shows, desde a primeira vez que a banda passou pelo Brasil, lá no Rock in Rio III e toda essa espera foi mais que suficiente para o público lotar o Tropical Butantã, que ressurgiu como uma nova casa para grandes shows em São Paulo.

Marcado para às 20h20, meia hora depois os membros da Sioux 66 subiam ao palco, exatamente dois meses depois de se apresentarem para o Aerosmith, agora estavam no Papa Roach, que também de certo modo é uma influência não só para eles, mas para muitas outras bandas e artistas brasileiros.

Apesar do público estar ansioso demais para o show principal, houve um respeito com a banda de abertura, que foi bem aplaudida, naquele que foi o "esquenta" (palavras do vocalista Igor Godoi) para o show principal, que iniciaria por volta das 22h.

No show da Sioux 66, podemos ver no repertório algumas músicas autorais do disco Caos, Diante do Inferno, além de O Calibre, versão do Paralamas do Sucesso, mas que é um dos singles do novo disco da banda, lançado um dia antes do show do Aerosmith.

Regado de riffs e solos, mesclado a uma bateria pesada e um vocal bem notável do hard rock, o show abre com Caos, passa por críticas sociais em Porcos (música do disco de estreia da banda), segue no primeiro disco em Você Não Pode Me Salvar e Outro Lado. Dentre as versões, o destaque fica para O Calibre, versão hard rock do Paralamas do Sucesso.

O setlist foi:

1. Caos
2. Tudo Que Restou
3. Porcos
4. O Calibre
5. Minerva
6. Você Não Pode Me Salvar
7. Seu Destino
8. Outro Lado

A galera gosta de criticar hipóteses, mas sem saber dos fatos reais... Acusando a banda de abertura de atrasar o show principal, quando na verdade o Papa Roach atendeu a pedidos de fãs nas redes sociais, que pediram para começar um pouco mais tarde o show, assim passando para as 22h.

Na hora posteriormente estipulada pela banda, subia no palco e já levava os fãs totalmente a loucura logo nos primeiros acordes de Face Everything and Rise, lançada em 2015, onde o público alucinado empurrava a grade, na tentativa de chegar cada vez mais perto da banda, em Crooked Teeth, que deve estar no próximo disco da banda e Between Angels and Insects, lançado em 2000 e dedicada ao público antigo da banda, que atendeu ao pedido de Jacoby e abrindo um mosh pit dentro da pista comum e Premium.

No começo do show, problemas com a house mix (administrada pelo técnico da banda) interferiram no show, que ficou somente com a luz branca, mas de modo algum isso interferiu na energia do público e na simpatia da banda e, principalmente de Jacoby, que mandou um "vá se fuder" para a luz e fez o show com uma acústica ótima da casa.

A simpatia de Jacoby era vista diversas vezes no show, arriscando um "Obrigado", conversando em inglês, pedindo para o público gritar diversas vezes, cantar sozinhos parte das músicas, entoar coros, baterem palma, abrirem um mosh pit, principalmente em Blood Brothers, onde vimos um imenso mosh pit, com direito a guarda-chuva aberto na roda.

Dando uma acalmada na multidão fervorosa, o show já ia passando da metade e Scars começava a ser tocada numa belíssima versão acústica, relaxando quem não parava de pular, gritar e fazer moshs por nenhum segundo.

Sem pararem nem para descansar entre o bis, o descanso completo (ao menos dos palcos brasileiros), veio após a dobradinha Last Resort/...To Be Loved, que encerrou um dos shows mais aguardados e com um dos melhores públicos no ano, creio que não só para mim, mas para a banda também, após tantos anos de espera.

O setlist foi:

1. Face Everything and Rise
2. Crooked Teeth
3. Between Angels and Insects
4. Getting Away With Murder
5. Warriors
6. Kick in the Teeth
7. Hollywood Whore
8. Forever
9. Blood Brothers
10. Broken as Me
11. Devil
12. Scars
13. Gravity
14. Where Did the Angels Go?
15. Still Swingin’16. Last Resort17…To Be Loved

Todas fotos do show por @gdltudosobremusica: