Os melhores shows internacionais com cobertura do site em 2019

Diversos artistas que não se apresentavam por aqui há um tempão, resolveram aparecer ao longo de 2019 e alguns deles estão na lista de melhores shows com cobertura do site no ano. Confira resenhas resumidas abaixo:

Akon e Black Eyed Peas

O efeito nostalgia tomou conta dos melhores shows que vi em 2019: Akon e Black Eyed Peas, quem diria que iríamos ter a honra de assistir dois grandes nomes da primeira década, no mesmo mês, dias antes de entrarmos em uma segunda década do século XXI?

Akon foi anunciado como atração do On Music Festival e, apesar de diversos problemas como comunicação com o público, alterações de horários e um atraso considerável na atração principal, nada disso será focado por aqui, mas sim a apresentação de um dos maiores nomes do rap internacional.

Quase 2h depois do horário marcado, finalmente Akon subia no palco do On Music Festival, passando por músicas como Im So Paid/Locked Up/Ghetto/Sorry, Blame It On Me/You Don't Know Me/Bartender/Dangerous, que foram cantadas em sua versão quase completa ou somente trechos dela, algo que não pode ser dito de faixas como Lonely/Smack That/I Wanna Love You/Mama Africa/Don't Matter, que teve sua versão completa, ou toda parte do akon em caso de feats.

Além dos hits, também foram cantadas músicas do álbum El Negreeto, entre elas a faixa com Anitta e Como No. Após a sequência de músicas novas, voltaram os hits, com Right Now/Beautiful/Sexy Bitch. Nesse momento ele tirou a camisa, desceu do palco e foi para o público, por onde ficou por um bom tempo dançando, cumprimentando a galera e incendiando de vez o estádio do Canindé, quando foi até o meio da pista Premium.

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Oito anos se passaram desde a última apresentação da banda no Brasil. Em seu auge, Apl.de.Ap, will.i.am, Taboo e Fergie passaram por locais como o Estádio do Morumbi e o SWU (ambos lotados). Sem Fergie e com o primeiro disco novo em nove anos, eles tiveram o público mais reduzido do "Itaipava de Som A Sol" (aproximadamente 5 mil pessoas, metade da capacidade do local), fazendo com que logo no começo o público da superior fosse para a inferior e público da inferior para a pista (tudo isso de acordo com público que estava presente, não é uma informação da produção), melhorando a quantidade ao menos no quesito visual, já que agora pista e cadeiras inferiores estavam com um bom número de pessoas, que não ficaram paradas por nenhum segundo, pois 'Don't Stop The Party".


Apesar das músicas estarem lá, era inevitável não sentirmos falta de uma voz e presença feminina no palco. Os três lançaram Fergie (que saiu da banda para focar na carreira solo, atualmente totalmente diferente com o estilo B.E.P) e agora lançam também Jessica Reynoso, descoberta por Apl.de.Ap no "The Voice Filipinas" e que já acompanha a banda desde o ano passado.  A figura feminina apareceu e, para alguns (como quem escreve essa crítica), com um vocal melhor do que a anterior. O teste de fogo veio com a trinca de hits Boom Boom Pow, Pump It e Just Can't Get Enough (esse último sendo o de mais destaque e mostrando a razão dela estar ali, dividindo palco com os outros três).

No repertório, tivemos surpresas como Mas Que Nada, Don't Lie (cantada pela primeira vez desde 2010) e Xplosion, além dos hits Let's Get It Started, Imma Be, Rock That Body, Boom Boom Pow, Pump It, Just Can't Get Enough, Don't Stop The Party e I Gotta Feeling.

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Seal
Regis Matsukawa/Mercury Concerts
Fazendo um espetáculo entre o público, Seal se apresentou também como parte do Itaipava de Som a Sol e pouco se importou se haviam cadeiras onde normalmente o público fica em pé. Durante grande parte do show ele cantou no meio da galera, que ia atrás dele de ponta a ponta da pista, enquanto dançava com um, cantava com outro e ficava num mar de celulares (afinal, isso é o tipo de coisa que só acreditariam se fosse registrado. Que artista renomado, hoje, se apresenta mais da metade do show no meio do público?) enquanto dançava com uns, cantava com outros e até mesmo se apresentava com um garoto que pulou no colo dele e foi ajeitado para ficar por ali mesmo durante uma das músicas.  A exceção para esse cenário foi em faixas como Deep Water e Kiss From A Rose, duas em que ele toca violão e por isso acaba ficando somente no palco.

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Bryan Adams

Em um formato diferente do Allianz Parque, Bryan Adams transformou o estádio num anfiteatro, para trazer a São Paulo uma apresentação da tour Shine a Light.

O show abriu com "The Last Night On Earth" já tendo um coro de "ooohh, oohhh, oohh" que já puxa o público para a banda, participando seja com palmas ou sendo voz principal de parte da música.
A faixa pode ser considerada surpresa, pois foi tocada pela primeira vez durante o show em São Paulo. Apesar disso, o público mostrou conhecer cada música do disco mais recente dele.

Se já brincaram sobre Bryan Adams ser acessível ao público, por conta desse formato de show, ele também mostrou ser ao tentar se aproximar mais de quem estava na pista VIP, usando uma extensão do palco que o deixava mais perto de nós do que o resto da banda. A aproximação com o público rolou também com ele se apresentando em português "meu nome é Bryan Adams, sou o cantor de vocês esta noite e estamos felizes de voltar ao Brasil", tudo isso antes dele tocar Shine a light, que leva o nome da tour.

Em Shine a Light, faixa co-escrito por Ed Sheeran e que estreou na #1 canadense, ele também pediu para o público ficar com as luzes do celulares acesas, algo que permaneceu em Heaven, proporcionando um belíssimo efeito visual.

No repertório, ainda tivemos músicas como Have You Ever Really Loved A Woman e Summer Of '69, em 1h43 de show. Fotos, vídeos e resenha completa aqui.


Paul McCartney Freshen Up



Se em outros anos, Paul McCartney ficou no topo de melhor show do ano, 2019 acabou sendo um pouco diferente. A primeira data de São Paulo eu achei fraca, tanto pela energia dele, quanto pela falta de fogos em Live and Let Die e poucas mudanças no repertório, se comparado ao show de 2017 e todas as partes negativas podem ser lidas aqui.

Mas, conforme os shows foram rolando, ele chegou ao seu ápice na segunda noite em SP e na sua volta a Curitiba. Não sabemos se ele viu algumas críticas pela internet, ou simplesmente sabia que a primeira noite não esteve em seu melhor, nem o que ele fez para melhorar, mas a segunda apresentação foi totalmente diferente na primeira, tanto na energia de de Paul McCartney, quanto na energia do público, tendo também alterações pontuais, mas que contribuíram para um setlist melhor, que dessa vez contou com os fogos em Live and Let Die.

Se no primeiro dia, os fãs estreantes ficaram decepcionados por conta da falha técnica em Live and Let Die, o erro não aconteceu duas vezes e agora sim foi possível ver de fato Live and Let Die, que não deve nem ser comparada entre com/sem  fogos. Assista abaixo:


Além do show que acontecia em Curitiba, outra atração rolou horas antes: O lançamento da estátua de Paul McCartney no Cavern CWB e se não rolou do Paul ir lá, por conta da agenda apertada, rolou dele pedir para enviarmos uma foto da mesma, para ser postada no story do seu instagram.

Faziam 26 anos que Paul McCartney não tocava em Curitiba e o fator saudade se somou ao fator Beatle e todos os mais de 42 mil ingressos foram vendidos até uma semana antes do show.

Apesar do repertório do show ser praticamente o mesmo das datas anteriores, ele mudou bastante com relação a última ida a Curitiba, tendo somente 10 músicas tocadas nas duas passagens, faixas que podem ser consideradas fixas no set. O show em Curitiba trouxe algumas experimentos e efeitos surpresa, como em Letting Go, quando o trio de metais apareceu no espaço entre a mesa de som e o fundo da Pista Premium... Num momento que eles viraram atração principal da Premium, invés de Paul McCartney.

Desde a premiere de Back In Brazil, no Chile eu havia notado que ela não tinha dado muito certo ao vivo, por conta de estar faltando algo, como o Paul dar uma puxada em Ichiban, instruindo o público a cantar essa parte, como ele fez em In Spite Of All the Danger, por exemplo. Isso finalmente aconteceu no último show da tour, com ele ensinando pra galera o que fazer, antes da música começar.

Nos seus 326 anos, Curitiba recebeu um presente e tanto, esbanjando carisma, seja nas brincadeiras ou gírias em português, Paul McCartney não aparente nenhum pouco seus quase 77 anos, se apresentando por cerca de 2h40 e ainda conseguindo apresentar para o final músicas como Helter Skelter, Birthday e Live and Let Die.

Fotos, vídeos e resenha completa aqui.


Whitesnake

Como atração do Rockfest, Whitesnake abriu o show com Bad Boys, e passou por sucessos como Slow an’ Easy, Here I Go Again, Trouble Is Your Middle Name e Hey You (You Make Me Rock). Não podemos deixar de destacar momentos como Is This Love, entoada pelo público, que momentos antes admirou ao solo extenso de Tommy Aldridge. 

Além das faixas clássicas, o repertório também teve espaço para músicas do disco Flesh & Blood, trabalho mais recente da banda, de 2019. O show foi encerrado com Still of the Night e ainda tivemos tempo de assistir clássicos como Shut up & Kiss Me e Give Me All Your Love, ambas cortadas do repertório de Curitiba.

Fotos e resenha completa aqui.


Weezer


Apesar da 1h15 de duração, o show foi intenso e a banda conseguiu prender e conquistar o público desde Buddy Holly (faixa escolhida para abrir o show), até Say It Ain't So, vigésima do repertório mesclado entre autorais e versões de outros artistas.

Quatorze anos, esse foi o tempo que demorou para Weezer voltar ao Brasil e isso pode explicar o motivo de toda euforia do público, que ao contrário do que acontece em alguns shows para multidões maiores, como os de estádio, estavam lá de fato conhecendo a banda e acompanhando cada uma das músicas, não somente para fazer selfies e storys nas redes sociais. Um exemplo pode ser de quem escreve essa crítica, que acabou alimentando o instagram do site e status de whatsapp somente após finalizar o show.

O show foi seguindo, passando por My Name is Jonas, Happy Together e o superhit Island in the Sun, onde inevitavelmente a pista Premium foi tomada por celulares, mas também acompanhada por palmas ao longo da música, algo que se repetiu na performance de Take On Me (música do A-Ha e que ficou mais conhecida ainda pelos memes de Spider-Man).

Além das já conhecidas faixas da banda, o show também trouxe ao público novidades como The End Of The Game, lançada oficialmente há duas semanas e single do disco Van Weezer, programado para ser lançado em Maio de 2020.

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Daryl Hall & John Oates
Tendo o Espaço das Américas lotado, a cena era de uma balada anos 80, com o público mais velho que cantava todos os hits com a banda, arriscam os famosos passinhos da época ou dançavam juntinhos nos hits mais românticos. As luzes e imagens do telão também foi um show a parte, com imagens que fizeram do show um espetáculo grandioso.

Entre uma música e outra, Hall conversava com os fãs "Vocês estão se divertindo? É tão bom estar aqui", demostrando a alegria em estar pela primeira vez no país. Antes de cantar “One on One” - que é outro hit romântico da dupla, estava de fora do repertório da turnê da banda pela Europa e América, e foi tocada aqui e nas apresentações da dupla pela América Latina – Daryl Hall brincou: "A gente não tocava essa música há um tempo. Vocês serão os primeiros a ouvir".

Antes do bis, a dupla tocou um dos maiores clássicos de carreira “I Can't Go for That”, música  marcada pelo uso do sintetizador e que inspirou Michael Jackson a fazer “Billie Jean“. O Bis foi composto de mais 4 hits, incluindo um dos – se não, o mais famoso – da dupla: “Private Eyes”.



Para finalizar o show após a sequência de clássicos, Hall diz "É tão bem estar aqui. Vocês são ótimos. Vocês são fantásticos. É tão bom estar aqui em cima",e a banda se despedem com a animada “You Make My Dreams”. Foi um show imperdível, um encontro dos fãs mais antigos aos mais novos, famosos que foram prestigiar e muita gente com Discos e CDs na esperança de conseguir um autógrafo dos ídolos que estavam pela primeira vez no Brasil. È difícil, mas todos foram embora na esperança de ver outra apresentação da dupla no Brasil.

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Frank Iero


Frank Iero and the Future Violents tocaram nesse domingo no Fabrique Club, Frank Iero que já havia vindo em 2008 com a (já não mais extinta) My Chemical Romance, deixou claro várias vezes durante o show o quanto estava feliz por estar aqui e o quanto desejava voltar desde a última vez. Frank brincou com a frase “Come to Brazil” que é meme na internet entre as bandas internacionais, devido a insistência dos brasileiros de se fazerem ser ouvidos para terem suas bandas favoritas no país, e inclusive chamou os fã para irem ver um show da banda em New Jersey, sua cidade natal, com a frase “Come to New Jersey”.


O show foi bem animado e divertido, com um público que ia desde pessoas mais jovens, acompanhadas dos pais, até as fãs veteranas que acompanham a carreira do Frank desde o principio. Frank Iero com todo seu bom humor, conversou bastante com os fãs durante o show, deu até palestra motivacional, dizendo que temos que nos aceitarmos como somos e que todos são especiais do seu jeito.

Com uma espera de 11 anos pra rever Frank Iero no Brasil, valeu muito a pena cada segundo deste domingo, o coração de emo que ainda habita em mim, só bateu mais forte e só me fez pensar cada vez mais na frase Make Brazil Emo Again!!

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Taking Back Sunday


A evolução de TBS ao longo desses 20 anos de carreira é enorme e ainda assim a essência continua a mesma do Tell All Your Friends. O jeito com que eles conseguem sobrepor vozes e frases que se completam não mudou. De fato, ao longo dos anos acabou se tornando mais adulto, mais "equilibrado". Talvez, na minha humilde opinião foi exatamente esse equilíbrio e experiência que fizeram o show de domingo ser impecável do início ao fim. Assim como no restante da turnê, que passou pela Costa Rica, Chile e Argentina, os caras apresentaram primeiro o Tell All Your Friends e encerraram com outros sucessos de álbuns como Where You Want to Be, Louder Now e Tidal Wave. A Letícia de 14 anos assistiu, vidrada e emocionada cada pedacinho desse show como se ele fosse o último de sua vida e se surpreendeu ao ver que o emo segue firme e forte, ainda que escondido em carcaças velhas e cansadas de 30 e poucos anos. 

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The Jacksons

Com apenas três integrantes originais (Jermaine não pode vir por conta de problemas na coluna), o grupo apresentou o setlist que usa há anos nas apresentações,  composto apenas de mega-sucessos das décadas de 1970 e 1980, entre músicas do grupo, acrescentam também hits da carreira solo do Michael Jackson. O show começou pontualmente ás 22 horas, e durou 1 hora e 10 minutos. Os irmão multitalentosos cantam, dançam e tocam instrumentos. A dança é um caso à parte, com muitas das coreografias que marcaram o estilo e carreira do grupo, sendo repetidas pela plateia. O público também cantou todas as músicas e entrou em extâse quando um pequeno vídeo falando sobre os irmãos apareceu no telão com fotos do Michael Jackson, durante a pausa da banda. O show não estava lotado, mas todos que estavam presentes demonstravam o amor ao Rei do Pop, com camisetas, cartazes e alguns até vestidos de Michael. De crianças até fãs mais velhos, todos foram prestigiar o grupo que originou um dos maiores artistas da história da música. Era possível ver a emoção em cada olhar, embora o show não seja nem de perto, comparado aos mega shows que o Michael Jackson fazia em estádios.



O show não foi exibido nos telões laterais do palco. O público que ficou no fundo, teve que se contentar em ver os artistas de longe. Antes do show, um aviso alertou aos fãs que a produção do The Jacksons havia proibido a transmissão, porém sem explicar o motivo.

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