ENTREVISTA: Cefa fala sobre shows por São Paulo, mudanças ao longo dos anos e expectativa para o Oxigênio Festival


Depois de Codinome Winchester e Ratos de Porão, nós continuamos o Especial Oxigênio Festival, com a banda Cefa. Caio, único integrante da formação original, falou um pouco sobre a banda, shows por São Paulo e expectativa para o festival. Leia mais abaixo:


Passei a conhecer vocês nesse ano, com shows da banda ou do projeto Monollogo (projeto solo do Caio) na Augusta 339, onde também trabalho na agenda casa. Para quem está conhecendo a banda hoje, com essa entrevista, como vocês se apresentariam/definiriam?


Caio: Eu diria que somos uma banda alternativa que condensa influencias que vão do post-rock ao post-hardcore com letras confessionais e shows sempre viscerais. Acho que seria dessa forma (risos).



Li numa entrevista, que vocês consideram a real existência da banda a partir de 2012. O quanto mudou musicalmente a banda e a cabeça de vocês ao longo desses sete anos, tanto no quesito de estilo da própria banda, quanto no processo de composição das músicas?


Caio: Bem, como eu sou o único integrante da formação original posso falar com propriedade o que mudou ao longo desses 7 anos. Quando começamos a banda éramos adolescentes e muito influenciados pelas bandas da gravadora Rise Records, a gente queria se encaixar em uma cena especifica de post-hc/metalcore que vinha se tornando uma febre naquele momento, ainda que nosso som não se encaixasse totalmente nesse cenário. Já em 2015 quando gravamos o álbum estávamos entrando na fase adulta e não queríamos mais que o nosso som fosse tão caricato quanto o primeiro EP, então, buscamos uma sonoridade mais clean, abandonando quase que totalmente os clichês do estilo pelo qual ficamos conhecidos no meio independente.


Eu acho que hoje em dia a gente consegue condensar melhor esses dois universos, sem deixar de lado a influencia que temos de bandas de post-hc mas também com novos elementos de Post-rock e até mesmo um pezinho no indie.


Com relação as composições, eu sempre escrevi as letras, então todos os trabalhos da Cefa são retratos fiéis do que se passa na minha vida naquele determinado momento e eu sinto que estamos fazendo coisas cada vez mais simples e diretas nesse sentido. Assim como a gente mudou como pessoas no passar dos anos, nosso som também mudou e vai continuar mudando.



Apesar de não serem famosos na grande mídia, vocês fazem shows sempre com um público fiel e casas cheias, vale lembrar os mais recentes (Augusta 339, Full House, Feeling e o que virá em seguida, Colina Fest, em Santos). Com o lançamento do disco, esse tem sido o ano que vocês tem feito mais shows? 


Caio: Sem dúvidas! Desde que formei a banda nunca fizemos tantos shows em nenhum ano, só nesse primeiro semestre foram mais de 15 shows, o que pra uma banda do nosso porte é muita coisa e até outubro vamos ter ultrapassado 25 tendo feito Sul e Sudeste inteiro.  



Todas as essas datas citadas tem algo em comum: A presença da banda Atlante no lineup. Como que nasceu a parceria com eles? Se não me engano, já rolou até tour das bandas juntas, certo?


Caio: A gente se conheceu em 2017 em um show que a Cefa foi fazer no Guarujá. Era um daqueles shows que tinha tudo pra dar errado mas acabou sendo um dos mais legais. O lugar era bem precário e não tinha o mínimo de estrutura. Pra você ter ideia de como foi, o lugar tinha capacidade pra umas 150 pessoas ou mais e tinha apenas uma lampada que iluminava todo o ambiente (risos). A Atlante tocou antes da gente e foi amor a primeira vista. Desde então a gente desenvolveu uma amizade muito forte e sempre que possível fazemos shows juntos. Já trouxemos eles pra CWB duas vezes e o Colina será a terceira vez que eles nos levam para Santos.



Dentre os locais que já tocaram em São Paulo, algum pode ser considerado o favorito de vocês para fazer shows?


Caio: A capital em si é muito intensa, nosso primeiro show em Sampa foi em Setembro de 2014 no Feeling e foi um dos mais cheios que já fizemos, então, sem dúvida é onde a maior parte do nosso público está, mas também temos um carinho muito grande por Santos e pelo litoral paulista em si. Nosso show lá no começo do ano foi um dos melhores de toda a tour e estamos empolgados e muito ansiosos pra repetir a dose no Colina.


Para mim, foi uma grata surpresa verem vocês no lineup do Oxigênio Festival. É a primeira vez que tocam no festival? Qual a expectativa de vocês para esse show?


Caio: Sim, é nossa primeira vez e estamos MUITO felizes e ansiosos. A expectativa além de fazer um bom show, é claro, é fazer com que pessoas que ainda não nos conhecem prestem atenção na banda. Estamos (mal) acostumados a tocar sempre pro nosso publico, então é quase como se o jogo estivesse sempre ganho antes mesmo do show, mas dessa vez vai ser diferente e vai ser um desafio interessante. Pra isso bolamos um set simples e direto ao ponto, apostando nas músicas que a gente acha que melhor funcionam ao vivo.


Ouça Cefa, que se apresenta, assim como Codinome Winchester, no primeiro dia de festival:





SERVIÇO - OXGÊNIO FESTIVAL 2019


DATA: 13, 14 e 15 de Setembro de 2019

LOCAL: Via Matarazzo
ENDEREÇO: Av. Francisco Matarazzo, 746 - São Paulo
(Estação Barra Funda do metrô linha Vermelha)
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
HORÁRIOS:
Sexta feira: 19h00 abertura / 19h30 início dos shows
Sábado: 13h00 abertura / 13h30 início dos shows
Domingo: 13h00 abertura / 13h30 início dos shows

INGRESSOS
1º Lote - R$70,00 (meia / promo) ou R$140,00 (inteira)
2º Lote - R$80,00 (meia / promo) ou R$160,00 (inteira)

PASSAPORTE - válido para os 3 dias de evento
1º Lote - R$190,00 (meia / promo) ou R$380,00 (inteira)
2º Lote - R$210,00 (meia / promo) ou R$420,00 (inteira)

*ingressos meia e promo válidos somente mediante à apresentação da carteirinha de estudante ou doação de 1kg de alimento não perecível no dia do evento.

**ingressos passaporte e blind ticket são pessoais e intransferíveis.

PONTOS DE VENDA
Locomotiva Discos - R. Barão de Itapetininga, 37 (sem taxa)
Venda Online:https://pixelticket.com.br/eventos/3724/oxigenio-festival-2019