Phil Collins emociona multidão em duas noites seguidas de shows em São Paulo


Falando friamente a respeito do espetáculo do dia 25 neste último domingo no Allianz Parque. Não nos importamos nem um pouco se Collins não pode realizar o show em pé, pois mesmo sentado, apoiado por uma bengala ao lado, sua voz continua impecável como a 40 anos atrás. Phil Collins, uma vez um poderoso baterista e líder energético, em frente  a uma multidão no estádio, chegou ao palco com uma bengala e se inclinou para baixo sobre o que parecia com desconfiança como uma cadeira de escritório ergonômica, ao lado de uma pequena mesa funcional quadrada.

Este foi o primeiro  show em carreira solo de Phil Collins pela America Latina, sua unica vinda ao Brasil aconteceu a 40 anos atrás na época em que o cantor era membro da banda Genesis, Collins deixou claro antes mesmo da banda tocar sua primeira nota  "a verdade é que senti sua falta". A partir da resposta da multidão, ficou claro que o sentimento era mútuo.



Você simplesmente não pode discutir com a extraordinária variedade de músicas de Phil Collins, especialmente quando interpretada por um grupo de músicos tão talentosos em parceria, uma seção fantástica num intermédio entre guitarras  clássicas, teclados e baixos agudos como uma grande banda à moda antiga brincando com notas e sincronizada com a alma. Um trio de cantores de apoio alcançou os céus enquanto Collins vibrava de sua cadeira, o rosto com a feição de intensidade, cantando os hits depois de rebater com o mesmo tom claro e com alma de seus dias gloriosos dos anos oitenta.

Mas foi para o membro mais novo do conjunto, o filho de 16 anos, Nicholas, de Collins, que a plateia mais vibrou na intro de In The Air Tonight e ele orgulhou seu pai, percorrendo todo o show com habilidade e confiança mais do que justificou seu lugar no assento quente. Suspeitamos desde o início da tour ''Not dead yet'' que ele tem muito a ver com o pai estar de volta ao palco.




Ele, provavelmente com sabedoria, manteve as baladas ao mínimo, ele incluiu alguns dos clássicos mais gentis de Genesis (Follow You Follow Me e Invisible Touch), mantendo o show movendo-se mesmo em sua cadeira, do início ao fim. E de Easy Lover para Sussudio, foi um conjunto completo de sucessos monstruosos, o tipo de músicas  que deram mais vida aos expectadores de Collins e sua banda no estádio com o plus da audiência respondendo fielmente a cada coro com prazer e energia fascinante, fazendo Phil deixar o palco, fazendo a platéia creer que o show havia terminado, luzes se apagando e um grande ''Obrigado Brasil'' nos telões. Collins se despede do palco, mas rapidamente volta com as luzes focadas no músico e começa de forma brilhante Take me home para de fato encerrar a noite, acompanhado de fogos e muitas luzes.

Havia algo profundamente emocionante sobre  Phil Collins em cima daquele palco fazendo algo que claramente lhe dava grande prazer e trouxe prazer para todos naquela noite. Ele estava em sintonia com sua banda com perfeição em um conjunto de canções que se vangloriou de uma superfluidade de melodias, groove e significado. Quando ele entrou no palco, desde o início até o fim, temos certeza de que todos no Allianz Parque ficaram felizes por tê-lo de volta.

Obrigada pela visita Mr. Collins, nós em nome dos fieis espectadores das duas noites do dia 24 e 25 e acima de tudo, em nome da música, agradecemos ao senhor por tal espetáculo.