Na segunda noite de shows, a nova (e repleta de shows) Ego Kill Talent foi a primeira a se apresentar na Clash.
Formada por Jonathan Corrêa, Theo Van Der Loo, Raphael Miranda, Estevam Romera e Jean Dolabella, a banda mostra a que veio e a razão de já terem tocado em festivais como Lollapalooza, Maximus Festival e diversos festivais e shows nacionais, mesmo com a pouca idade e nenhum disco completo ainda lançado.
Se baseando na filosofia de que "o Ego mata o talento", a banda tem como objetivo amplair a criação artística de cada um deles e, com isso, todos se revezam nos instrumentos de cada música, permanecendo somente a mesma voz.
Num show de aproximadamente 1h, a banda apresentou músicas dos EPs Still Here e Sublimated .
Setlist:JUST TO CALL YOU MINE
SUBLIMATED
WE ALL
THE SEARCHER
SAME OLD STORY
OLD LOVE AND SKULLS
HEROES, KINGS AND GODS
STILL HERE
LAST RIDE
THERE WILL BE BLOOD
Segunda banda da noite, Far From Alaska (leia entrevista aqui) subiu no palco já brincando que seria difícil se apresentar depois de algo tão foda quanto a Ego Kill Talent e que eles acabaram com os próximos shows, mas na primeira música já era visto que isso tinha sido falado pra fazer média com os amigos (haha).
Apresentando músicas do disco de estreia, Thievery já começa com hits desconcertantes de Rafael Brasil e batidas indicando que teríamos peso atrás de peso, com moshs e stage diving executados diversas vezes durante todo o show.
Uma coisa não muito comum rolou nesse festival: Já que todas as bandas estão praticamente juntas na cena, mesmo que raramente toquem nos mesmos dias, independente de sua banda favorita ser X,Y ou Z, você sabia e curtia o som de outras bandas do evento, desde Medulla até Supercombo e foi assim quando tocaram Deadmen , que pode ser assistida abaixo:
VIDEO
Algumas músicas depois era tocada Rainbows, dedicada a todo mundo que "merece ser como realmente é, sem ninguém dar pitaco", algo dito pela tecladista/vocalista Cris Botarelli, que com seu copo de Whisky recém-entregue pelo roadie (já que o anterior ela havia derrubado e quase rolou o mesmo com esse também) brindava o festival, que já estava sendo histórico por conseguir reunir todas essas bandas num mesmo local e provavelmente o nível da ocasião fará se tornar um DVD em breve de ambos os dias. Antes de terminar o show, as bandas mais uma vez subiram ao palco para cantar todos juntos, seguindo o mesmo molde do dia anterior com Medulla, agora tendo no palco membros de todas as bandas dos dois dias, com alguns deles (como Rafael Brasil - com guitarra juto, membros do Scalene e os irmão do Medulla) fazendo stage diving no público. O setlist foi:
Thievery
Another Round
Deadmen
Politiks
Rolling Dice
Rainbows
Commnication
About Knives
Dino Vs Dino
Monochrome
Último show da noite, Supercombo era esperada por uma Legião de fãs, que acompanham cada show e cada membro, mesmo em eventos solos. Fazendo show de estreia do disco Rogério (lançado em Julho pela Elemess), o show já começa com música do recém-lançado, seguindo com músicas dos outros discos, em ordem decrescente da cronologia.
A segunda parte do show começou com Magaiver , faixa que abre "Rogério" e tem participação dos irmãos Keops e Raony (Medulla), que surgiram no meio da música, para também fazerem uma participação no ao vivo tão bela quanto o show que fizeram um dia antes, no mesmo local. Falando em participação, a música seguinte foi Eutanásia (que no disco conta com participação de Sérgio Britto - Titãs - mas no show não teve algo mais especial) e essa parte foi encerrada com Todo Dia , faixa que não está presente em discos da banda.
Todas as fases do show, de acordo com o setlist, contavam com alguma participação que está no disco e também estava presente no show. A segunda delas foi Emmily Barreto (Far From Alaska) que subiu no palco para cantar em português (algo raro de se ver com ela) na música Piscina E O Karma . Ainda dentro das participações, tivemos o próprio Rogério na faixa-título do disco, um medley de Surreal (Scalene)/Lentes/Saudade onde teve participou da membros da própria Scalene, que voltou a subir no palco junto com membros do Far From Alaska, Medulla, Scalene e Ego Kill Talent no single Piloto Automático, que pode ser assistido abaixo:
Confesso que Supercombo era uma banda que não gostava, havia tentado assistir outros shows pela internet (como o Showlivre) e simplesmente algo não me descia, talvez o som estourado, a voz, ou não fosse meu estilo mesmo. Passou o tempo, vi eles ao vivo no show da Rádio Rock ano passado (resenha aqui), mas já começando com o som estourado, deixei de lado e voltei no fim, quando melhorou e gostei, mas já estava nas duas últimas músicas, que eram os singles conhecidos por todo mundo.
Passado um ano, tive mais uma oportunidade e resolvi dar essa chance, foi em cheio. Numa casa com a qualidade de som, fãs diziam "hoje você vai gostar, estão no mesmo palco do Far From Alaska e o som vai ficar massa", foi exatamente isso, se em outras vezes achava o som muito estourado, não entendia e etc, ontem eu consegui absorver a letra, o instrumento, e tudo isso somado a uma imensa simpatia de cada um da banda, com pessoas fãs, não fãs, famosos, desconhecidos e etc. Talvez todo esse tempo que fiquei sem ver de um show para o outro, somado com um novo disco, tenha também dado uma evolução para a banda, que passei a reconhecer a qualidade e a respeitar, vendo um show lindo e ótimo, tanto por parte da própria banda, quanto do público