Declaração polêmica de John Lennon sobre o cristianismo completa 50 anos

Trecho da matéria retirada do Beatles Clube

Em 4 de Março de 1966 esta citação de John Lennon apareceu em uma entrevista feita pela repórter Maureen Cleave, no London Evening Standart. Este trecho fazia parte de toda uma explanação sobre o cristianismo e não houve problema algum quando a matéria foi publicada na Inglaterra. Porém, cinco meses depois, em 29 de julho, uma revista teen americana, Datebook, publicou novamente a citação fora do contexto e causou o caos para o Fab Four.

Após a publicação da entrevista, diversos setores conservadores e da Igreja estadunidense criticaram fortemente as declarações do cantor, dentre eles, estava a rádio WAQY, do Alabama.
A rádio anunciou para os seus ouvintes que deixariam de tocar a banda e colocariam fogo em todos os discos, atitude seguida por diversos rádios e ouvintes, que botaram fogo nos discos, em diversas praças públicas.




P
arecia que a coisa só iria piorar. Brian Epstein, empresário dos Beatles, partiu para os EUA para tentar minimizar o problema causado por essa polêmica com medo que a turnê no país fosse cancelada. 

Depois de muita pressão os Beatles chegaram nos EUA em agosto, quase toda imprensa estava esperando a banda e só queriam saber sobre a polêmica Beatles x Jesus Cristo. A frase "somos mais populares que Jesus Cristo" repercutiu no mundo todo, recebendo ataques religiosos, gerando eventos em locais públicos de jovens religiosos queimando discos dos Beatles, e até mesmo grupos fanáticos esperaram a banda do lado de fora do show para tentar matá-los.



Os Beatles deram uma coletiva que foi transmitida ao vivo do hotel onde eles estavam hospedados, e Lennon estava visivelmente contrariado, já que havia sido obrigado a se desculpar por algo que foi usado totalmente fora do contexto. John declarou: "Eu não quis dizer que os Beatles são melhores que Deus ou Jesus. Apenas usei o nome dos Beatles, pois para mim é mais fácil falar sobre os Beatles. Eu poderia ter citado a 'TV' ou o 'cinema' ou 'carros de corrida' ou qualquer outra coisa que fosse popular e teria me saído bem dessa. Sim, eu acredito que Deus é como uma usina de força, que ele é um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita nem de esquerda, nem branco nem preto, Ele simplesmente É. 
Não sou anti-Deus, anti-Cristo ou anti-religião.Não estou dizendo que sejamos melhores ou maiores, ou a comparar-nos a Jesus Cristo como pessoa ou Deus ou seja o que for. Disse o que disse e estava errado - ou fui interpretado erroneamente." Eu não pretendia que minhas palavras fossem um desprezível comentário antirreligioso. Por tudo que tenho lido e observado, parece-me que o cristianismo está enfraquecendo, perdendo contato".


Mesmo não sendo o responsável por toda esse história John pediu desculpas a aqueles que se sentiram ofendidos pela declaração.




Até hoje ainda há quem critique John e os Beatles por esse história mas, a verdade é que tudo não passou de um ato de oportunismo da imprensa que “manipulou” a declaração de John.
Depois de passados 42 anos de sua afirmação, Lennon foi perdoado pelo papa Bento XVI em 2008.


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